Após mais de 32 horas, o trânsito na Avenida Presidente Itamar Franco foi liberado totalmente, no trecho entre os bairros São Mateus e Cascatinha. Desde as 7h de terça-feira (29), o caminhão bitrem da marca Iveco, com placa de Barbacena, estava ocupando uma das pistas de subida da via, após sofrer uma pane e causar lentidão no tráfego próximo à esquina com a Rua Antônio Marinho Saraiva, principalmente nos horários de pico. O veículo foi removido por volta das 15h30 desta quarta-feira (30). A remoção ficou a cargo da empresa responsável. O trânsito desse tipo de veículo não é proibido no trecho. A demora da retirada do bitrem reacende a discussão a respeito do tráfego de veículos pesados nas principais vias de Juiz de Fora, que, em caso de problemas, representa grandes transtornos.
Para o especialista em transporte urbano e trânsito Luiz Antônio Costa Moreira, “aguardar 32 horas para resolver o problema é injustificável”, apesar de a responsabilidade pela remoção ser das empresas tendo em vista que a Itamar é um corredor de acesso aos bairros da Zona Sul, caminho para a Cidade Alta, UFJF e ainda acesso a hospitais e à saída de Juiz de Fora.
Moreira acrescenta que, “apesar de os episódios serem esporádicos”, a Settra deveria melhor definir a rota para o tráfego de veículos mais pesados. “Em algumas vias, há a restrição, no entanto, ela se dá principalmente na área central que nem sempre é bem sinalizada e a fiscalização inexiste, tanto que, em certas vias em que deveria ser limitada a tonelagem, é possível encontrar caminhões passando em qualquer hora do dia.” Para o especialista, é necessário agir preventivamente e estudar a melhor possibilidade de esses veículos acessarem a cidade onde a capacidade das rotas for melhor e onde haja menor interferência no trânsito. “A responsabilidade do Município é estudar e definir as rotas que estão prontas para receber este tipo de veículo e que causem menor interferência no trânsito”, finalizou.
Em nota, a Settra afirmou que para definir sobre a circulação de veículos pesados é levado em conta “fluidez, conflito com uso e ocupação do solo, restrições físicas da via ou limitações estruturais e infra-estrutura da via”. Uma licitação finalizada no dia 29 de agosto, cujo edital ainda não homologado, prevê a remoção de veículos de até 70 toneladas por uma empresa conveniada pelo Município em casos em que haja a necessidade de fluidez do trânsito. Conforme a assessoria da Settra, será analisado caso a caso.
Autuações
A empresa responsável pelo bitrem foi autuada por três infrações: fazer ou deixar que se faça reparo em veículo nas vias (infração leve), com valor de R$ 88,38; ter o veículo imobilizado na via por falta de combustível (média), com valor de R$ 130,16; e estacionar em local ou horário proibidos pela sinalização (grave), com valor de R$195, 23.