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Profissionais do Hospital João Penido questionam qualidade de EPIs

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O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde) externou, na semana passada, preocupação com os equipamentos de proteção individual utilizados por enfermeiros que atuam no Hospital Regional Dr. João Penido, que é administrado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). A apreensão diz respeito à qualidade e à adequação aos parâmetros de segurança dos capotes de proteção disponibilizados aos enfermeiros e sua efetividade na proteção aos trabalhadores contra o coronavírus.

Em meio ao questionamento, o Sind-Saúde procurou o gabinete do deputado estadual Roberto Cupolillo (Betão, PT), buscando uma intermediação junto à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e à Fhemig para solicitar esclarecimentos sobre a segurança do equipamento disponibilizado aos enfermeiros. Betão usou as redes sociais para tornar públicos os questionamentos e o que chamou de “falta de rigor com os EPI’s fornecidos aos funcionários do Hospital Regional João Penido”.

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Em busca de esclarecimentos, o deputado enviou requerimento à SES e à Fhemig, em que solicita verificação da situação do material destinado aos servidores dos hospitais da rede e cobra providências para garantia da segurança das trabalhadoras e trabalhadores. “Não é possível deixar esses trabalhadores vulneráveis”, diz o parlamentar.

Na justificativa do requerimento, Betão relatar ter tido acesso a informações de que “os capotes disponibilizados para a enfermagem não têm condições de impedir a chegada das secreções ao corpo do trabalhador da enfermagem, visto que estes estão fora dos padrões indicados”. O temor foi confirmado pelo Sind-Saúde à Tribuna, com relatos de que os equipamentos apresentados em treinamento são diferentes daqueles disponibilizados aos servidores.

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A reportagem também teve acesso a ofício do Sind-Saúde que solicita esclarecimentos sobre o EPI utilizado pelos profissionais de enfermagem do Hospital João Penido com relação à “especificação e avaliação adequada do produto para manter a segurança e eficácia dos itens de riscos fornecidos, de forma a manter a segurança e eficácia dos itens de risco fornecidos, reduzindo os níveis de contaminação/infecção e ajudando na barreira contra substâncias no atendimento”.

“Visando zelar pela saúde e integridade física do trabalhador, informo que no dia 26 de março de 2020 fui acionada por funcionários da ala pediátrica questionando a qualidade do produto durante o uso, devido a nova normativa sobre as práticas para o atendimento aos pacientes com suspeita de Covid-19, onde o ‘jaleco branco impermeável’ estaria sendo indicado para assistência de menos complexidade junto a estes pacientes”, diz o ofício assinado por uma diretora do Sind-Saúde, que já teria sido encaminhado o questionamento à direção do hospital e à Fhemig.

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Respostas

Em nota encaminhada à reportagem, a Fhemig afirmou que cumpre a orientação prevista em norma técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A norma em questão diz que “o capote ou avental (gramatura mínima de 30g/m2) deve ser utilizado para evitar a contaminação da pele e roupa do profissional. O profissional deve avaliar a necessidade do uso de capote ou avental impermeável (estrutura impermeável e gramatura mínima de 50 g/m2) a depender do quadro clínico do paciente (vômitos, diarreia, hipersecreção orotraqueal, sangramento, etc). Esse documento se refere às orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2)”, afirma a Fhemig.

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