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JF retira quase 22 toneladas de lixo das bocas de lobo em cinco dias

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Registro do trabalho realizado durante esta semana nas ruas do município (Foto: Divulgação PJF)

Apenas entre os dias 18 e 28 de julho, foram retirados dos bueiros e bocas de lobo de Juiz de Fora, 21.920 quilos de lixo, em grande parte, de origem doméstica. A Secretaria de Obras (SO), responsável por esse trabalho de manutenção, afirmou que os resíduos foram encaminhados para o aterro sanitário da cidade. Segundo os agentes, foram encontrados dentro dos bueiros sacolas plásticas, garrafas pets, copos e pratos descartáveis, entre outros.

Atualmente, Juiz de Fora passa por uma das maiores estiagens já registradas na história. A cidade soma mais de 60 dias sem chuva. Durante o período mais árido, que vai de maio a setembro, um problema, comum na cidade, pode ficar esquecido: as inundações nos centros urbanos. É justamente o acúmulo desses resíduos, seja em bocas de lobo ou bueiros, o potencializador desses problemas.

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Por volta de outubro, as primeiras pancadas de chuva devem retornar na cidade. Para evitar transtornos, a manutenção dos equipamentos de drenagem urbana é fundamental. Questionada, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), afirmou que tais ações de zeladoria são constantes, mas intensificadas no período pré-chuvoso. “A programação é passada para as equipes da SO através dos pedidos feitos ao Gabinete de Ação e Diálogo Comunitário, que recebe as demandas da população”, comunicou, em nota.

Escoamento depende do bom funcionamento dos aparelhos de drenagem

Como explica o engenheiro sanitário e professor do Instituto Tecnológico de Agropecuária de Pitangui da Epamig, Tiago Pereira, as bocas de lobo são aparelhos essenciais no mecanismo de drenagem urbana, responsável por escoar a água das chuvas até a vazão mais próxima, seja um córrego ou um rio. “A água é conduzida para dentro da boca de lobo, que são as aberturas que ficam entre a via e a sarjeta. Dentro dela existe uma tubulação que desemboca em uma galeria e conduz a água até o sistema de macrodrenagem (rio ou córrego).”

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Em teoria, esse mecanismo é feito para evitar o acúmulo de chuva nas vias, porém, na prática, o processo pode ser interrompido por conta da obstrução dessas bocas de lobo. O principal motivo é o descarte irregular de lixo que acumula dejetos nas aberturas por onde a água deveria escoar. “A população não tem acesso à educação ambiental e, por isso, joga lixo nas bocas de lobo ou nas ruas, que acabam sendo carreados pelas chuvas. Durante a limpeza desses locais a gente consegue ver, sacolas de lixo, garrafas de plástico, entre outras coisas acumuladas lá.”

Esses dejetos, somados aos resíduos naturais que já causam o assoreamento, podem reduzir drasticamente a capacidade de escoamento das bocas de lobo espalhadas ao longo da via. Para evitar isso, manter as bocas de lobo limpas é essencial. “A desobstrução deve ser feita ao longo de todo o ano, não apenas no período de chuva. É um trabalho de manutenção que irá reduzir as chances de alagamento quando vierem os períodos mais chuvosos.”

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Em nota, a PJF pede para que a população contribua para a manutenção dos aparelhos de drenagem, descartando objetos nos devidos lugares, evitando que as bocas de lobo fiquem cheias, impedindo o escoamento da água. “A PJF realiza periodicamente campanhas de conscientização, para evitar o acúmulo de lixo nas ruas, além de realizar uma limpeza constante nas vias. Quanto mais a população contribuir, jogando o lixo no lugar certo, mais tempo dura a limpeza.”

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