Em nota publicada em seu site na tarde desta quarta-feira (29), a UFJF informa que irá assegurar o pagamento da primeira parcela das bolsas do Programa de Intercâmbio Internacional de Graduação (PII-GRAD). A instituição afirma aguardar o repasse financeiro do Ministério de Educação (MEC) para efetuar os créditos bancários aos bolsistas selecionados no Edital 2015. Alguns dos alunos, inclusive, já têm as passagens compradas para viajarem no mês de agosto.
Em reunião entre o reitor Júlio Chebli e o Conselho Universitário (Consu) no dia 28 de julho foi garantido o pagamento prioritário às bolsas de intercâmbio. Segundo a UFJF, todos os procedimentos administrativos necessários ao pagamento das bolsas foram realizados desde junho pela Diretoria de Relações Internacionais e pela Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Gestão. “A folha de pagamentos está pronta para ser processada, o que somente não ocorreu até então em função da ausência de disponibilidade financeira, o que deve ser equacionado nos próximos dias, segundo informações do MEC”, diz a nota. O pagamento será feito em duas parcelas.
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Diante da falta de um posicionamento da universidade em relação ao pagamento das bolsas, alunos selecionados publicaram uma carta aberta ao Conselho Universitário e comunidade acadêmica, alegando a falta de transparência e ética por parte da universidade. Eles questionaram o silêncio da UFJF em torno da situação e se classificaram como “extremamente lesados”.
Uma das signatárias da carta é a aluna do 5º período de Serviço Social, Mariana Deister, 19. Natural de Petrópolis (RJ), ela viaja em agosto para um intercâmbio para cursar Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade da Beira Interior, em Portugal. “Quando soube do atraso e de uma possível falta de pagamento da bolsa de intercâmbio já estava com tudo resolvido para viagem, inclusive com passagem comprada para dia 26 de agosto e visto pronto. Entreguei minha moradia em Juiz de Fora, suspendi meu estágio. Já comprometi minha renda familiar em mais de R$ 4 mil reais com os gastos para intercâmbio. A sensação foi angustiante”, desabafou a estudante.