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‘Ghost Bike’ em memória de ciclista

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Ciclistas de Juiz de Fora prestam, neste domingo, uma nova homenagem a Carlos Alberto de Andrade, 63 anos, morto em um atropelamento na Via São Pedro no dia 14 deste mês. A expectativa é reunir grupos de ciclistas solidários à dor da família e pedir mais segurança na via. O ato será marcado pelo ‘Ghost Bike’, movimento mundial que consiste na instalação de um bicicleta branca no local onde ocorreu um acidente fatal envolvendo um ciclista, em memória da vítima. A instalação da bike no local está prevista para as 10h.

No dia do acidente, o porteiro se deslocava para o trabalho quando foi atingido por uma Amarok preta, próximo à UPA de São Pedro. O motorista fugiu do local sem prestar socorro e foi capturado horas depois pela PM na Avenida Deusdedit Salgado. Assessor jurídico da Associação Juiz-forana de Ciclismo, Pablo Gomes, afirma existir a preocupação entre aqueles que frequentam a via para fazer exercícios, principalmente pela falta de sinalização e equipamentos que assegurem o trânsito de pedestres e modais. Para o ato, ele afirma que muitos ciclistas irão se deslocar até o local em grupo, partindo de diferentes pontos da cidade.

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Pablo questiona o impasse que existe entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) sobre a jurisdição da via, uma vez que é necessário tomar providências para garantir mais segurança. “O que se tem feito em outras cidades que têm o mesmo problema, como Cuiabá (MT), é um convênio entre o Dnit e prefeitura, onde são delegadas as competências. O que se vê aqui é a omissão entre os governos federal e municipal. Se a obra não está pronta, deveria estar fechada para os veículos, já que não há sinalização”, propõe. A associação pretende desenvolver um estudo sobre a implantação de sinalização na Via São Pedro.

Na semana passada, a PJF anunciou que entraria com uma ação judicial para exigir do Dnit a retomada da obra. Presente no primeiro ato, realizado no dia 18, e que reuniu aproximadamente cem ciclistas, o titular da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), Rodrigo Tortoriello, afirma que a pasta está elaborando um projeto de uma intervenção simples de sinalização do local. “Será algo paliativo, já que não é de responsabilidade da Prefeitura, mas que podemos fazer. Fizemos isso uma época, mas não retornamos porque o Dnit informou que a obra retornaria, o que não aconteceu. Estamos buscando soluções, mesmo que não sejam definitivas”, garante.

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Constituído por medidas que possam assegurar ao ciclista mais segurança no trânsito em todos os pontos da cidade, o Plano Municipal de Mobilidade Urbana continua travado. Segundo o secretário, a Settra já cumpriu a sua parte na elaboração do texto e a equipe da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) trata de sua compatibilização com o Plano Diretor para que não haja divergências. Segundo Rodrigo, ainda será avaliado pela Seplag e pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB) a possibilidade de publicação por decreto ou enviado como mensagem à Câmara Municipal.

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