Atualizada em 30/04/17, às 0h56
O Corpo de Bombeiros foi acionado na noite deste sábado (29) para debelar um incêndio dentro do Ceresp de Juiz de Fora. Segundo informações iniciais da corporação, presos colocaram fogo em colchões, e houve início de rebelião. A Polícia Militar também foi acionada. A movimentação registrada do lado de fora da unidade prisional foi grande, com policiais militares a postos e familiares que aguardavam notícias. Parentes de presos afirmaram à Tribuna que ouviram muita gritaria e barulho de bombas dentro da unidade. No início da madrugada deste domingo, a PM informou que a situação interna já estava sendo controlada.
De acordo com agentes penitenciários, todo o efetivo da unidade foi acionado e atua no Ceresp. Os bombeiros afirmaram que o fogo foi controlado e apenas um detento precisou de atendimento médico para avaliação.
A esposa de um dos presos informou que o tumulto deste sábado teria sido provocado após a morte de um dos detentos, na sexta-feira. Os familiares estariam questionando o real motivo do óbito.
Conforme informações do boletim de ocorrências registrado pela PM, o detento de 32 anos morreu na unidade prisional do Bairro Linhares após passar mal e sofrer parada cardiorrespiratória, no fim da noite desta sexta-feira. Segundo o documento policial, Antonilson Tavares estava na cela 30, junto com outros detentos e, por volta das 21h20, pediu ajuda. Ele estava ofegante e suando muito, reclamando de dificuldade respiratória. Os agentes penitenciários disseram aos policiais que providenciaram a retirada imediata da vítima para direcioná-la ao atendimento médico. No entanto, na entrada da inspetoria, o homem cambaleou e caiu, aparentemente infartando.
O Samu foi acionado, e os agentes fizeram manobras para manter Antonilson vivo até a chegada do socorro. A equipe médica continuou os trabalhos, mas ele não resistiu, sendo o óbito constatado ainda no Ceresp, às 22h05. A perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos, e o corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). O exame deverá apontar a causa da morte. Conforme a PM, Antonilson não apresentava sinais de violência e já tinha histórico de problemas respiratórios. Também não havia relatos de atrito entre ele e os outros companheiros de cela.