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Visibilidade da mulher é trabalhada em exposição no João XXIII

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A exposição fotográfica Presença-Mulher será aberta nesta quinta-feira (30) às 17h30, na Galeria de Artes do Colégio de Aplicação João XXIII. A mostra, da professora e fotógrafa Carolina dos Santos Bezerra, atrai o olhar para as 106 trabalhadoras que “são a coluna vertebral do colégio”. A autora foi diretora de Ações Afirmativas da UFJF e, com este projeto, dá continuidade ao seu trabalho. Por meio das imagens, Carolina retoma o debate sobre o combate à violência, invisibilidade e aos diversos tipos de preconceito, fechando o mês de luta da mulher na instituição. “A ideia é dar visibilidade a essas mulheres, por isso ‘Presença-Mulher’ em todos os espaços. Por isso, foram fotografadas desde as responsáveis pela limpeza até a diretora do colégio.

Mostrando essa força feminina, com o objetivo de positivar as diferentes presenças fundamentais que a mulher tem hoje na sociedade contemporânea”, explica Carolina. A exposição foi construída de modo que as modelos pudessem voltar o olhar para si mesmas, e depois para as mulheres com quem convivem. Foi pedido a elas que escolhessem o local do colégio que mais gostam e como gostariam de ser representadas. “Elas escolheram as roupas, se usariam maquiagem ou não, objetos, em uma dimensão do seu feminino, do que compreende a experiência pessoal do ‘ser- mulher'”.

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O processo de composição da exposição com visitação gratuita e aberta ao público também busca valorizar a diversidade. “Uma das questões políticas que temos é tentar encaixar as mulheres em padrões de beleza, comportamento e mobilidade. Precisávamos tocar nisso. São mulheres trabalhadoras e todas fundamentais, cada uma com a sua beleza.” A metodologia é pautada em referenciais teóricos de arte-terapia, particularmente chamada de foto-terapia por Carolina. Por meio dessa abordagem, a professora registrou processos de rejeição e aceitação da auto-imagem. “Tinha como foco o próprio registro, como as mulheres gostariam de ver e fruir de si mesmas. Por isso, em muitos momentos, deixei a fotógrafa em segundo plano, para que elas construíssem a própria imagem. Privilegiei o rigor feminino ao rigor técnico”, detalha. Toda a mostra é permeada pelo fazer feminino: fotógrafa, modelos e as duas curadoras, Andréa Senra e Renata Caetano, também são professoras do João XXIII.

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