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Atrasos na moradia estudantil

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Obras da moradia estudantil foram finalizadas no ano passado, mas prédio continua vazio

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Adificuldade de permanência em Juiz de Fora durante o curso superior é uma realidade comum aos estudantes universitários que vêm de fora. Na UFJF, a moradia estudantil, construída no Bairro São Pedro, será uma alternativa capaz de possibilitar o abrigo de até 210 discentes durante a graduação e a pós-graduação. No entanto, prometida para 2010 pelo ex-reitor Henrique Duque, o benefício ainda não foi concretizado, embora as obras já tenham sido finalizadas no ano passado e o mobiliário já tenha sido licitado. Os recursos federais empregados na construção dos dois prédios somam R$ 4.225.969. Para liberar a moradia, a UFJF alega que ainda é preciso constituir um regimento para a ocupação dos estudantes, o qual acumula atrasos depois do processo de escolha do novo reitor. A retomada dos trabalhos da comissão, segundo a universidade, está prevista ainda para este mês.

Aluna do bacharelado em ciências exatas, Gabriela Alves da Costa está há três anos em Juiz de Fora. Natural de Carmo da Cachoeira (MG), ela explica que aguarda pela inauguração da moradia desde quando entrou na universidade. “Minha situação é difícil. Recebo o auxílio moradia, mas ele não é suficiente para quitar todas as contas. Aluguel, água, luz e condomínio somados chegam a R$ 550, e o auxílio é de R$ 340. Eu sempre tenho que pegar outra bolsa na faculdade para conseguir completar”, revela.

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Criada em 2014, antes da escolha do novo reitor, a comissão responsável pela moradia não chegou a concluir o regimento. Segundo a UFJF, o mobiliário já foi licitado e está sendo entregue, mas é necessário regulamentar o funcionamento. “A comissão foi constituída, mas os trabalhos não evoluíram tanto. Foi criada uma minuta do regimento, e a comissão foi extinta após a mudança da gestão. Agora é preciso que, assim como os outros representantes, os estudantes se manifestem sobre a continuidade de seus representantes ou a indicação de novos”, argumenta a pró-reitora de Apoio Estudantil e Educação Inclusiva, Joana de Souza Machado.

Segundo o secretário-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Victor Rodrigues, a afirmação da universidade é equivocada, já que os alunos indicados à época foram mantidos. “A portaria continua a mesma, e a indicação do DCE é a mesma. Fica esse jogo de empurra, sendo que há muito tempo estamos aguardando a moradia. A permanência estudantil está sendo colocada em segundo plano”, reclama.

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Joana explica que antes de qualquer determinação que caiba à Pró-Reitoria de Apoio Estudantil, é necessário que a Pró-Reitoria de Infraestrutura repasse informações sobre a moradia. “Já solicitamos os relatórios sobre a situação dos prédios, mas ainda não recebemos oficialmente. Atualmente, o Apoio Estudantil é responsável somente pelas políticas já em vigor, como o auxílio moradia, que atende a 826 alunos”, completa.

A comissão que irá propor o regimento é formada por membros das pró-reitorias de graduação, planejamento, apoio estudantil, um representante jurídico, um técnico administrativo e dois estudantes.

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