O homem de 48 anos acusado de matar a facadas o vendedor ambulante Luiz Leandro Pereira de Souza, 38, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Juiz de Fora, está sendo julgado na tarde desta quinta-feira (28) no Tribunal do Júri. O crime violento aconteceu no dia 16 de fevereiro do ano passado e chocou a população por ter ocorrido em uma das vias mais movimentadas da cidade, à luz do dia, por volta das 15h45. A sessão presidida pelo juiz Paulo Tristão teve início às 12h30 com o sorteio dos jurados. Seis testemunhas de acusação e defesa estão arroladas e podem ser ouvidas no decorrer do dia.
O acusado, que também era vendedor ambulante, responde por homicídio qualificado por meio cruel. Segundo o Ministério Público, ele causou “desnecessário e exagerado sofrimento à vítima ao atingi-la com nove facadas, seis na região torácica”. Ainda conforme a denúncia, Luiz Leandro e o réu haviam iniciado uma discussão. O primeiro teria se armado com tesoura, e o segundo, com uma faca, desferindo os golpes contra a vítima, que morreu no local. As perfurações atingiram tronco, braços e rosto.
Após o crime, o suspeito foi preso em flagrante pela PM. Ele foi localizado com a ajuda das câmeras do Olho Vivo no cruzamento da Rua São Sebastião com a Avenida Francisco Bernardino. O homem também estava com múltiplos ferimentos, mas sem gravidade, na cabeça, ombro e braço. As investigações apontaram que a briga teria sido motivada por disputa de pontos de venda de mercadorias, já que os dois envolvidos eram comerciantes.
O ato violento aconteceu em frente a um edifício comercial, próximo ao número 672, e dezenas de curiosos se aglomeraram ao redor do corpo. Muitos deles aguardavam nos pontos de ônibus do outro lado da Getúlio quando foram surpreendidos pelo assassinato. Luiz Leandro, que seria morador do Bairro São Pedro, na Cidade Alta, já era conhecido no ponto por comercializar perfumes, pomadas, tesouras e pen drives.
A tesoura usada pela vítima foi apreendida no local, enquanto a faca utilizada no assassinato foi achada suja de sangue na Praça do Riachuelo. No dia do homicídio, a Prefeitura informou que os dois vendedores ambulantes não eram licenciados.
Conforme a assessoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o acusado permanece preso no Ceresp.