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Polícia Civil chega a novas vítimas de pedreiro suspeito de pedofilia

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Homem foi preso na última terça-feira (25) e apresentado pela delegada Ione Barbosa. (Foto: Leonardo Costa)

Pelo menos mais cinco crianças podem ter sido vítimas de estupro, supostamente praticado por um pedreiro de 54 anos, preso na última terça-feira (25) pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). O homem foi detido por ter um mandado de prisão contra ele relativo a um outro abuso que ele tinha cometido em 2006, onde foi condenado pela Justiça. A Polícia Civil também investiga se ele ainda teria estuprado duas irmãs de 6 e 12 anos em Juiz de Fora. Até agora, são pelo menos oito vítimas.

De acordo com a delegada Ione Barbosa, dois irmãos, um rapaz e uma adolescente, hoje com 19 e 15 anos, respectivamente, estiveram na delegacia nesta quinta-feira (27) para denunciar os abusos sofridos quando ainda eram crianças, em 2004. Conforme a delegada, a divulgação da prisão do homem foi o que colaborou para que as vítimas se encorajassem a procurar a polícia.

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De acordo com informações do boletim de ocorrência, as novas vítimas contaram que o suspeito começou a trabalhar como pedreiro nas casas delas em dezembro de 2004 e que ficou nos imóveis até dezembro de 2006. O homem era conhecido de muitos anos das famílias dos abusados, e existia uma relação de confiança entre as partes. Uma mulher, 39 anos, que é mãe do rapaz de 19 anos, disse aos policiais inclusive que as vítimas dormiam e comiam na casa do homem quando queriam.

A mulher contou que ficou sabendo do crime em 2006, quando seu filho sofreu um acidente, aos 9 anos de idade, e ela ficou mais próxima dele no hospital. Foi na unidade médica que ela soube dos abusos, que ocorreram durante os dois anos em que o homem fez serviços em sua casa. A mulher afirmou que não denunciou o fato pois sabia que o suspeito tinha envolvimento com drogas. O jovem disse aos policiais que nunca contou os episódios para os pais por medo de ser prejudicado pelo pedreiro. Ele disse ainda que a esposa do suspeito sabia dos abusos e que inclusive ela presenciou os fatos em uma ocasião.

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O jovem contou ainda que outras crianças também haviam visto o pedreiro abusar sexualmente dele e que resolveu denunciar a situação vivida por ele para evitar que outras crianças passem pelos mesmos abusos que ele e outras crianças viveram.

Já a adolescente hoje com 15 anos disse que também foi molestada e que viu o pedreiro praticando o ato com outras crianças. Ela disse que acreditava que os gestos eram de afeto, devido a confiança que seus pais depositavam nele e pela amizade entre as famílias.

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O pai das vítimas, de 55 anos, disse que não soube dos fatos na época e que o pedreiro era uma pessoa de sua confiança. Ele informou que só soube do crime em 2015 e que agora resolveu procurar a Justiça. O homem disse que o fato dos filhos não serem as únicas vítimas os encorajou a denunciar.

O pedreiro é suspeito também de ter abusado de duas irmãs, de 6 e 12 anos, enquanto prestava serviço de pedreiro na casa delas, no Bairro Santa Rita, Zona Leste de Juiz de Fora. Este episódio veio à tona no último dia 17. Ele também foi condenado pela Justiça a sete anos de reclusão por ter praticado ato libidinoso contra uma menina de oito anos, em 2006. O pedreiro está preso no Ceresp.

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De acordo com a delegada Ione Barbosa, por meio dos depoimentos dos dois novos casos desta quinta-feira foi possível chegar a mais três vítimas, que já teriam se mudado de Juiz de Fora. “Acredito que a divulgação do caso pela imprensa ajudou a chegarmos a essas vítimas. Elas viram que ele estava preso e se encorajaram. Quanto mais pessoas procurarem a delegacia, mais tempo ele pode pegar de pena”, disse.

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