Em mais uma ação da Operação Hefesto, um depósito de recicláveis localizado na Avenida Brasil foi interditado pelas forças de segurança nesta terça-feira (28). De acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), o Corpo de Bombeiros Militar interditou o local por apresentar risco iminente de incêndio devido ao grande acúmulo de material inflamável, sem que houvesse extintores e rotas de fuga.
Ao todo, cinco estabelecimentos foram vistoriados na região central de Juiz de Fora, sendo que outros dois receberam advertência escrita por inexistência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e por não dispor de meios preventivos a incêndio, conforme a PJF. A operação une forças de segurança em trabalho articulado, com foco em depósitos e ferros-velhos a fim de coibir o comércio irregular de materiais furtados e de verificar o cumprimento de legislação específica para o setor.
A iniciativa contou com a participação de órgãos municipais e estaduais. As equipes de diligências foram compostas por policiais militares e civis, guardas municipais, bombeiros e fiscais de posturas.
Operação Hefesto
A operação Hefesto, que está em sua sexta edição, tem como objetivo combater o crime de receptação, caracterizado pela compra de materiais furtados, cuja pena pode variar de três a oito anos de reclusão. A iniciativa busca inibir o furto de cabos elétricos, tampos metálicos e demais materiais que acabam sendo comercializados em depósitos e ferros-velhos.
De acordo com a PJF, a facilidade na negociação destes itens tem causado prejuízos aos serviços públicos e à população. Além do dano material e dos custos de manutenção, a prática pode interromper serviços essenciais como abastecimento de água, luz, internet e, inclusive, a mobilidade urbana.
Como destacado pela administração municipal, Juiz de Fora conta com instrumentos administrativos para regularizar o comércio de materiais metálicos, como a Lei 14.391, de 2022, que exige cadastro de origem dos materiais em depósito. A norma busca frear os crimes de furto e receptação já que, a partir dela, as empresas são obrigadas a manter cadastro atualizado dos fornecedores para apresentação aos órgãos fiscalizadores.