Atualizada às 20h34
A UFJF é um dos alvos da 11ª fase da operação “Acrônimo”, deflagrada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta-feira (27), nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Conforme a PF, na universidade, está sendo apurada fraude em licitação vencida pela gráfica de um dos investigados. Posteriormente, o Ministério da Saúde utilizou a mesma ata fraudada. Quatro mandados de buscas e três conduções coercitivas estão sendo cumpridos em Minas, totalizando 20 mandados judiciais nesta etapa. As ordens foram autorizadas pela 10ª Vara Federal de Brasília.
A operação está focada em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos da investigação. O outro se refere à “cooptação e pagamento de vantagens indevidas para que uma empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas do Ministério da Saúde, Ministério das Cidades e Ministério do Turismo nos anos de 2011 e 2012”.
Ainda segundo a PF, as ações desencadeadas nesta quinta são um desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de Justiça. O magistrado relator do caso determinou o encaminhamento de parte da apuração à Justiça Federal de primeira instância por não envolver investigados com prerrogativa de foro naquela Corte.
Em nota, a Reitoria da UFJF confirmou que recebeu agentes da Polícia Federal em cumprimento ao mandado de busca e apreensão na manhã desta quinta. De acordo com a universidade, “trata-se de processo de licitação efetuado pela gestão 2010-2014 referente a serviços gráficos realizados em 2012. Ainda segundo a universidade, as solicitações de acesso aos documentos e processos foram prontamente atendidas. “A atual administração da UFJF se colocou à disposição para colaborar com a Polícia Federal nesse processo de apuração.”
No final da tarde desta quinta-feira (27), em entrevista coletiva, o reitor Marcus David afirmou que a PF fez contato com a universidade e esclareceu de forma clara e tranquila de que se tratava de uma apuração referente a processo de 2012, no qual um dos processos de delação premiada dessa operação foi citado como irregular. A ação da PF foi para apreender esse processo de 21 volumes, referente a uma grande contratação de serviço gráfico feito na UFJF naquele ano. “O que fizemos foi colocar toda a estrutura administrativa à disposição da PF, para buscar o processo e outros documentos que solicitaram”, afirmou o reitor.
Marcus David acrescentou, ainda, que a Polícia Federal recolheu esses documentos. “Nós mantivemos cópias dos documentos que precisávamos manter aqui para questões operacionais, e esses documentos apreendidos serão encaminhados para Brasília, onde está sendo feita a investigação dessa apuração. A universidade tem todo o interesse da apuração desses eventos e, se eventualmente houver irregularidades, vamos tomar todas as providências de saneamento dos problemas, preocupados com os principios de legalidade.