O laudo de necropsia da Polícia Civil apontou morte violenta no caso de uma criança, 2 anos, que deu entrada no HPS no dia 1 de agosto e morreu horas depois. Conforme a delegada da 1ª e 2ª delegacia, Mariana Veiga, a perícia concluiu que a o garoto morreu em decorrência de um traumatismo contuso de crânio. Segundo ela, foi instaurado inquérito para apurar, a princípio, maus-tratos seguido de morte. “Já solicitei ao HPS um relatório médico de um atendimento prestado a esta criança cerca de um mês antes de sua morte, quando os pais alegaram que ela teria sofrido uma queda. Este laudo será juntado ao de um outro atendimento médico da criança, desta vez feito na Upa de Santa Luzia duas semanas antes de sua morte. Iremos analisar em conjunto estes documentos e a necropsia para concluir o que causou a morte”, disse a delegada.
Conforme Mariana, no dia da última internação, os pais alegaram que não havia ocorrido nada de anormal com a criança. O caso veio à tona após o Hospital de Pronto Socorro (HPS) acionar a Polícia Militar (PM) por conta da suspeita de que a vítima tivesse sido agredida. O menino chegou à unidade médica desacordado e com parada respiratória. Ele foi levado ao local pelo padrasto e o avô. Os médicos que atenderam a criança relataram à PM que, por meio do exame de tomografia, foi constatado que o paciente apresentava sangramento intracraniano. Além disso, o menino estava com equimose na face, lesões no joelho, infecção no pulmão, pus nos ouvidos, alteração na barriga, anemia e febre. Durante o atendimento, a criança sofreu uma parada cardíaca, e a equipe médica não conseguiu reanimá-la. Os familiares afirmaram que, com alguns meses de vida, o menino passou a ter uma doença de pele que resultava em feridas pelo corpo e pus nos ouvidos.