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Polícia aponta outra versão em caso de idoso baleado em ponto de ônibus

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Investigações da Polícia Civil revelaram que idoso de 67 anos, que teria sido vítima de uma bala perdida, no ponto de ônibus no Bairro Grama, Zona Nordeste, alterou a versão da dinâmica do crime para proteger sua companheira, uma mulher de 27 anos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (27) pelo titular da Delegacia de Homicídios, Armando Avólio, durante coletiva à imprensa. A vítima havia relatado à polícia que, no último dia 20, por volta das 22h, teria sido baleada quando estava num ponto de ônibus, na Avenida Juiz de Fora, próximo a um escadão que dá acesso à praça do bairro, onde haveria intenso tráfico de drogas.

O idoso informou aos policiais que aguardava um coletivo quando dois indivíduos, desconhecidos por ele, começaram uma discussão no escadão. Ele se levantou do banco do ponto de ônibus e, em seguida, escutou um disparo de arma de fogo. Os tiros acabaram o atingindo. Todavia, conforme apurado pela Polícia Civil, o disparo aconteceu quando a vítima estava dentro de sua residência. “Causou-nos estranheza o notícia de que houve um caso de bala perdida. Por meio de uma ordem de serviço, nossa equipe foi para a rua e esclareceu a dinâmica dos fatos, que é diferente do que foi comunicado à polícia”, explicou Avólio. Segundo o policial, a vítima estava em casa, quando o imóvel foi invadido por um criminoso. “A companheira (da vítima) havia furtado drogas de um traficante, que entrou na residência da vítima atirando na tentativa de acertar a mulher. Mas o idoso se colocou na frente e foi atingido no ombro. Para preservar a companheira, ele contou essa história de bala perdida”, afirmou o delegado.

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A Polícia Civil agora aguarda resultado de laudos e espera ouvir algumas pessoas para fechar a autoria do crime e concluir o caso. Segundo o delegado, para não comprometer o andamento do inquérito, nenhum detalhe sobre a situação do idoso ter relatado outra versão para os fatos seria apresentado. Ainda segundo Avólio, o senhor e sua companheira não têm antecedentes criminais. Já o homem suspeito de atirar, que já foi identificado, tem passagens por tráfico de drogas e tentativa de homicídio. No dia do crime, a vítima foi para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde foi constatada uma perfuração na axila direita e outra no braço direito. Até esta quinta-feira, ele permanecia internado.

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