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Jovens são julgados por morte de comerciante em pizzaria

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Dois jovens estão sendo julgados nesta quinta-feira (27) pelo assassinato da comerciante Elisane Aparecida Moreira Dias, 36 anos, assassinada com um tiro não direcionado a ela enquanto trabalhava dentro de seu próprio restaurante, no dia 29 de outubro de 2016, na Avenida Governador Valadares, no Bairro Manoel Honório, na Zona Leste de Juiz de Fora. O julgamento acontece no Tribunal do Júri do Fórum Benjamin Colucci. A sessão começou às 8h e está sendo presidida pelo juiz Paulo Tristão. Na primeira fase estão sendo ouvidas testemunhas. Não há previsão para o término dos trabalhos.

A morte da comerciante aconteceu quando um atirador perseguia um desafeto, que entrou na pizzaria de Elisane para tentar escapar dos disparos. O jovem que seria alvo dos tiros, 18, foi atingido cinco vezes, mas sobreviveu depois de ter sido internado em estado grave no CTI da Santa Casa. Ele teve alta quase dois meses depois do episódio, às vésperas do Natal. A tragédia ainda poderia ter sido maior, já que um menino, 11, acabou alvejado de raspão no abdômen.

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O suspeito de atirar, 18, foi preso em flagrante no dia do crime, junto com dois comparsas, de 15 e 23. Além dos dois jovens presos e do rapaz apreendido, uma adolescente, 14, foi acautelada durante as investigações suspeita de fugir com a pistola 9mm que matou a vítima. Apesar de aparecer nas imagens de câmeras do Olho Vivo e de estabelecimentos comerciais, a jovem negou qualquer participação no crime. Na época dos fatos, ela seria namorada do atirador.

O inquérito foi conduzido pelo delegado Rodrigo Rolli, da Delegacia Especializada de Homicídios. Na ocasião, ele lembrou que os suspeitos integravam um bando do Santa Rita, que viveria em constante confronto com outra gangue do bairro por disputa por pontos de tráfico. Vários envolvidos no grupo já haviam sido presos e apreendidos diversas vezes. Ainda conforme o delegado, o bando ainda teve envolvimento na morte de outro inocente, 50, atingido por um tiro no peito durante a execução de um jovem, 25, morto com 18 perfurações em outubro de 2014, dentro da Uaps do Santa Rita.

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O homicídio de Elisane chocou a população por se tratar de uma vítima inocente, alvejada por um disparo em briga de gangues. O crime também causou revolta entre comerciantes, que buscaram propostas junto à Polícia Militar e à Prefeitura para melhorar a segurança no entorno de estabelecimentos comerciais daquela região.

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