Para manter o Parque Estadual do Ibitipoca funcionando, comerciantes e donos de pousadas de Conceição de Ibitipoca estão se unindo e fazendo “vaquinha” para pagar funcionários e manter o local aberto ao público durante os feriados. O número de trabalhadores recrutados para atuar nestes períodos depende sempre de quanto os comerciantes conseguem arrecadar. Segundo eles, a situação acontece desde dezembro passado, quando os guardas-parques, que trabalhavam para uma empresa terceirizada, foram dispensados após o Estado não renovar o contrato com a firma.
Desde agosto passado, os dez funcionários vinham denunciando a falta de pagamento, e, em outubro, chegaram a cruzar os braços. Com a saída deles, o local passou a contar apenas com 13 pessoas para receber os visitantes nos finais de semana. “Durante os dias comuns, dá para manter o parque aberto com este efetivo. Durante os feriados seria impossível. Se não tivéssemos nos unido, o local estaria fechado, o que causaria um prejuízo enorme”, disse a dona de uma das pousadas de Ibitipoca, sem informar quanto os comerciantes e empresários estão pagando do próprio bolso.
Por nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que o Parque Estadual do Ibitipoca “está funcionando normalmente e, atualmente, seu corpo de funcionários é composto por servidores do Instituto Estadual de Florestas (IEF). A Unidade de Conservação (UC) conta também com o auxílio de alguns voluntários.” Conforme a nota, o contrato com a empresa Cristal, que fornecia funcionários para compor o quadro de colaboradores do parque, venceu e não foi renovado. “Um novo concurso público para preencher as vagas, com servidores da MGS Serviços, já foi realizado. Em breve, os novos servidores tomarão posse e reforçarão o quadro de funcionários da UC”, diz a nota.