Os moradores do Bairro Poço Rico, Zona Sudeste de Juiz de Fora, estão solicitando a remoção de barracos abandonados na Rua da Bahia. Os itens foram deixados por pessoas em situação de rua que lá habitavam e que se mudaram, há cerca de três semanas. O problema tem causado preocupação na população quanto à segurança, já que usuários de drogas estariam aproveitando os espaços. Outra preocupação é em relação à saúde pública, por conta do acúmulo de água nos barracos.
De acordo com o presidente da Associação de Moradores e Comerciantes do Bairro Poço Rico, Alexandre Reis (Bigode), as pessoas em situação de rua que moravam no local o deixaram após uma operação policial nas proximidades. Entretanto, elas deixaram os barracos para trás. “Agora, os barracos estão começando a ser usados por usuários de drogas que vão no final da tarde ou à noite somente para usar drogas, e os moradores estão preocupados.”
Ainda conforme o presidente da associação, alguns moradores do bairro também estão encontrando dificuldades para acessar as próprias casas, por conta da falta de segurança no trecho com os barracos abandonados. O problema chama a atenção também por questões de saúde pública, já que, abandonados, os barracos têm acumulado sujeira e água parada, o que pode atrair animais ou mesmo servir como focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
A associação demandou a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) por meio do portal Prefeitura Ágil, além de pedir ajuda a outros órgãos, como Câmara Municipal e Conselho Municipal de Segurança.
Em nota encaminhada à Tribuna, a PJF informou que realiza uma operação conjunta no local, para atuar em limpeza, abordagem social e monitoramento de focos de dengue. “A limpeza do local é feita regularmente. Além disso, a equipe da abordagem social está monitorando. Nesta semana, a equipe de zoonoses vai promover ação contra focos de dengue e outras arboviroses. Em seguida, será realizada a limpeza do local”, diz no texto.
Revitalização da rua
Para o presidente da Associação de Moradores do bairro, a remoção dos barracos pode possibilitar, posteriormente, uma revitalização da rua, promovendo atividades de recreação, como jogos de futebol e passeios de bicicleta. “Queremos algo para reocupar aquele trecho, que é sem saída. De repente, conseguir transformá-lo em uma rua de brincar, para não voltar a ter essa invasão”, aponta.