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JF perde nove profissionais cubanos do Mais Médicos

(Foto: Pixabay)

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Na última semana, o governo de Cuba anunciou o fim da participação do país no programa Mais Médicos. A decisão, motivada por novas condições impostas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), também vai afetar Juiz de Fora, já que nove profissionais cubanos que participam do programa no Município terão de deixar o projeto. Em entrevista anterior à Tribuna, o subsecretário de Atenção Primária, Thiago Horta, citou a importância do Mais Médicos para evitar o déficit de profissionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de assegurar a redução de custos para o Município, já que os salários são pagos pelo Governo federal. A saída destes médicos do programa federal trará impacto direto na Atenção Primária em Saúde.

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Segundo a Secretaria de Saúde (PJF), a pasta busca alternativas para viabilizar a contratação de outros profissionais e, dessa forma, evitar a desassistência de pacientes usuários do SUS, conforme informou em nota. Na última terça-feira (20), o Ministério da Saúde (MS) lançou um edital que prevê a seleção de profissionais que queiram aderir ao programa, com dez vagas a serem preenchidas em Juiz de Fora.

A cidade aderiu ao programa federal em junho de 2013 e começou a receber os médicos no ano seguinte. Segundo a pasta, o município, atualmente, tem 28 vagas destinadas ao Mais Médicos, sendo que duas delas não estão preenchidas devido ao fluxo natural do programa. Além dos cubanos, o programa conta com 11 brasileiros, três venezuelanos, um argentino, um alemão e um dominicano, que atuam nas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), ou seja, equipes que estão no primeiro nível de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), considerado primordial para a organização e o fortalecimento da atenção básica, com ações de promoção da saúde, prevenção de doenças.

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Estes médicos atuam nas UBSs dos bairros Cidade do Sol, Granjas Bethânia, Jardim Natal, Linhares, Marumbi, Milho Branco, Nossa Senhora Aparecida, Nova Era, Parque Guarani, Progresso, Retiro, Santa Cruz, Santa Efigênia, Santo Antônio, São Judas Tadeu, São Pedro, São Sebastião, Vale Verde e Vila Esperança.

O Programa

O Mais Médicos foi criado em julho de 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT). O intuito, segundo o Governo federal, é promover a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), além de levar mais médicos para localidades onde há escassez ou desassistência médica.

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De acordo com números do governo, atualmente, existem mais de 18 mil profissionais atuando no Mais Médicos, em cerca de quatro mil municípios, cobrindo 73% das cidades brasileiras e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Quase metade dos médicos do programa ou cerca de oito mil, eram cubanos. O projeto beneficia mais de 60 milhões de pessoas e é responsável por quase metade das equipes de atenção básica em municípios pequenos com até dez mil habitantes.

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