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Ações solidárias em JF se destacam em meio à pandemia

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Após a adoção das medidas de isolamento, em função do avanço do coronavírus, muitas pessoas se viram sem ter como levar ‘o pão de cada dia’ para casa. Testemunhando essa situação e vendo uma atitude solidária compartilhada pelas redes, a inspiração veio para a Padaria Manchester, em Juiz de Fora, que fica na esquina das ruas Santo Antônio com Floriano Peixoto, no Centro. “Meu pai me enviou a foto de uma ação solidária em uma padaria, e ela me comoveu. Logo nesse momento que estamos vivendo. No meio de tanta gente que tem passado necessidade e com uma previsão de piora. Conversamos e vimos que seria possível mudar a realidade oferecendo o pão”, conta a sócia-proprietária do estabelecimento, Marlize Lima de Castro Gonçalves.

Segundo a sócio-proprietária do estabelecimento, poucos tentam se aproveitar da situação (Foto: Fernando Priamo)

Os pães são colocados em uma cesta. Quem precisar pega o pacote. “O pão é um alimento sagrado, primordial. Ele é o nosso carro-chefe, e estamos muito satisfeitos em poder oferecer essa refeição a quem precisa.”

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Ela ainda considera que já viu casos de pessoas que tentaram se aproveitar da ação. Mas esses, felizmente, são mais raros. Ela orienta que os funcionários ajudem nesse contato, não só entregando o pão, mas oferecendo uma palavra amiga.

A mesma iniciativa acontece em outro estabelecimento no Bairro Santa Helena. Na Padaria Branca de Neve, a cesta de alimentos para doação funciona há algum tempo, é um hábito anterior ao coronavírus. “As pessoas em situação de rua já sabem. Passam aqui e levam o que precisam. Mas além disso, sempre promovemos a escuta. Muitos deles chegam muito chateados, com problemas muito sérios. O pão alimenta, e a escuta ajuda também. O álcool gel não resolve o problema de quem mora nas ruas”, garante Suzana Gomes, que trabalha como caixa.

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Para ela, é preciso tocar o coração das pessoas. “Houve uma verdadeira guerra nos supermercados. Ninguém pensou no próximo. Percebo que as ações das pessoas estão melhorando, mas é preciso entender que o egoísmo não leva ninguém à frente.” Ela aconselha ao comércio que ainda está em funcionamento a disponibilizar os alimentos, se puderem e a semear a esperança, para que toda a crise seja superada o mais cedo possível.

‘Não estamos sozinhos’

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Em outros espaços, o cuidado com o outro também se destaca. No condomínio residencial Jardim dos Bandeirantes, antes de o álcool gel começar a faltar nas prateleiras do comércio, o síndico Rafael de Oliveira Ávila tinha feito um estoque de 15 litros. Parte desse material ia ser usado para limpeza e para os funcionários. O resto ia permanecer em estoque, até que a crise se intensificou.

Foi aí que o álcool que estava em estoque começou a ser distribuído para os condôminos que estão no grupo de risco, principalmente os idosos. “Somos todos vizinhos, e é o momento de pensar pela fraternidade. Isso vai fazer com que a gente consiga passar por tudo isso. Queremos que os idosos que moram aqui entendam que não estão sozinhos, que podem contar com a gente.” Ele também reforça que é preciso mudar a mentalidade. “É hora de deixar todas as diferenças de lado e ajudar a quem pudermos ajudar. Estamos caindo, mas juntos vamos nos levantar e melhorar mais rápido”, considera o síndico.

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