Cerca de 200 pessoas, entre estudantes, professores, diretores escolares e representantes do Executivo e Legislativo participaram, na manhã desta terça-feira (25), da “Passeata pela paz na escola”, iniciada na escadaria da Câmara Municipal. A estimativa é da Polícia Militar que, juntamente com a Settra, acompanha a ação.
O grupo deixou o local por volta das 10h, descendo a Rua Halfeld. O trânsito da Avenida Rio Branco foi rapidamente interditado para a passagem dos manifestantes, que seguiram em direção à Praça Antônio Carlos. Já na Getúlio Vargas, o fluxo de veículos precisou ser concentrado somente em uma das pistas, para que os jovens pudessem se dirigir ao local de destino. Faixas e cartazes foram utilizados para chamar a atenção de quem passa pela região.
A passeata faz parte de uma série de atividades que acontecerão até a sexta-feira (27), como forma de chamar a atenção para a questão da violência nas escolas da cidade. As atividades são promovidas pelas comissões de Segurança, Educação e Direitos da Criança da Câmara Municipal. Na sexta, 15h (27), haverá um fórum sobre Segurança escolar, no plenário do Palácio Barbosa Lima, com participação de educadores e autoridades.
Nesta terça-feira (24) outros dois casos envolvendo brigas nas imediações de colégios foram registrados na cidade. Próximo à Escola Estadual Delfim Moreira, o Grupo Central, no Centro, dois adolescentes foram detidos com objetos pontiagudos durante a manhã. O material estava na cintura de um deles e dentro da mochila do outro. Segundo a Polícia Militar, os dois alegaram que estavam “armados” caso precisassem se defender. Já na saída da Escola Estadual Fernando Lobo, em São Mateus, adolescentes se enfrentaram, por volta das 11h20.
Em matéria publicada na Tribuna desta quarta, números da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) demonstram a vulnerabilidade das instituições. No ano passado, de janeiro a novembro, foram registrados 449 ocorrências envolvendo escolas, sendo 201 furtos contra os estabelecimentos no município, 76 casos de agressão, 65 de lesão corporal e 107 de ameaças no âmbito escolar. No mês passado, após uma série de assaltos contra estudantes na área central, a Cavalaria da PM chegou a fazer patrulhamento na porta de algumas escolas.