Em nova rodada de negociação realizada pelo Grupo de Trabalho do Piso Salarial da Educação, formado por representantes do Governo de Minas e do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), o Executivo Estadual sinalizou, entre outras propostas, que pretende pagar, durante o mandato do governador Fernando Pimentel, o Piso Nacional, no valor de R$ 1.917,78, aos educadores do estado. Hoje, o vencimento básico é de R$ 1.455 e, para alcançar o valor reivindicado, o Governo irá reajustar o piso ano a ano. No entanto, para a categoria, a medida não apresentou avanços.
Durante a reunião, ocorrida na Cidade Administrativa, na capital mineira, na última terça-feira (24), o secretário-adjunto de Planejamento e Gestão, Wieland Silberschneider, propôs abono de R$ 160 para maio, o que representa um terço da diferença entre o que é pago hoje e o valor do piso nacional. Para ele, o valor passaria a ser incorporado ao vencimento básico dos servidores em quatro parcelas de R$ 40 nos meses de julho e outubro deste ano e entre janeiro e abril de 2016. O SindUTE destacou, porém, que a proposta de abono não cumprirá o compromisso de pagar o piso, já que a diferença entre o valor pago em 2015 para educadores de nível médio – R$ 1.237 – e o subsídio assegurado em lei será de 55%.
O Governo ainda apresentou proposta de aumento de 10,25% aos diretores escolares, valorização da escolaridade (5% do salário para quem tem mestrado e 10% para os professores com doutorado), migração dos professores dos níveis iniciais T1 e T2 para o de licenciatura plena, e o fim do subsídio, abrindo perspectiva para a construção de um novo plano de carreira. Além disso, foi anunciado que, a partir de abril, todos os servidores passarão a ter direito à merenda escolar dos alunos.