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Arquidiocese é notificada pela PJF por aglomeração pós-carreata

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A Arquidiocese de Juiz de Fora foi notificada pela Prefeitura (PJF) na última sexta-feira (22) por causa de uma aglomeração ocorrida ao fim de uma carreata promovida no dia 17 deste mês pelo padre Pierre Maurício de Almeida Cantarino. O evento, para celebração da Nossa Senhora dos Impossíveis, havia sido autorizado e acompanhado pela Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra). Mas o desfecho, na chegada à Igreja São José, que fica na Avenida Sete de Setembro, no Bairro Costa Carvalho, Zona Leste, teria ocasionado a reunião de muitos fiéis, alguns deles, inclusive, sem máscaras, conforme o Executivo municipal.

Na manhã desta segunda-feira (25), durante entrevista à Rádio CBN, o secretário de Comunicação da PJF, Márcio Guerra, falou sobre a advertência. “Essa notificação foi enviada para o arcebispo de Juiz de Fora (Dom Gil Antônio Moreira) no sentido de orientar os sacerdotes a não realizarem eventos desse tipo de natureza, onde possa ocorrer aglomeração. A carreata transcorreu normalmente, acompanhada por pessoas da Settra, que foram monitorando. Quando chegaram em frente à igreja onde o padre Pierre costuma realizar suas celebrações, ele desceu com a santa e promoveu uma aglomeração, com pessoas tirando fotos, muitas delas sem máscaras. Isso coloca em risco todo o plano de saúde que existe no município. Foi um alerta feito à Arquidiocese de Juiz de Fora no sentido de que isso não aconteça mais para que não haja prejuízo à saúde das pessoas. É apenas essa a preocupação, de não termos esse tipo de conduta novamente.”

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Márcio Guerra enfatizou que a PJF não impede carreatas. “Já foram feitas a favor e contra o presidente (da República), pela abertura do comércio e vários outros tipos de manifestação.” Ele reforçou que a carreata promovida pelo padre Pierre também foi autorizada pela Prefeitura. “Na verdade, (a notificação) foi o cumprimento de algo que é feito para todos, independente de ser padre, político, comerciante ou quem quer que seja. O projeto de garantia e direito à vida está sendo defendido pelo órgão municipal como algo importante neste momento de pandemia.”

O secretário garantiu que a Prefeitura continua atuando para coibir aglomerações, como festas clandestinas. “Essa ação visa ao bem-estar de todas as pessoas. Não adianta dezenas, centenas se cuidarem e ficarem em casa, colocando máscaras e atendendo ao distanciamento social, se outras não respeitam e vivem como se não houvesse amanhã. Só quem está vivendo as mortes e os casos graves nos hospitais tem a dimensão exata. Então tem muita gente que continua sendo insensível a isso.”

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No caso específico da Arquidiocese, Márcio Guerra observou que a irregularidade foi verificada por um agente público, sendo feito, portanto, um apelo para que não aconteça mais. “Entendemos e respeitamos a fé de todo mundo, mas é preciso que também em atos religiosos haja esse cuidado.”

Em nota, a Arquidiocese de Juiz de Fora confirmou que a notificação da Prefeitura, tendo como alvo a carreata religiosa promovida pelo padre Pierre Maurício no dia 17 de janeiro, foi recebida pela Cúria Metropolitana na última sexta-feira (22). “A referida atividade religiosa, respaldada na lei municipal, foi autorizada e acompanhada pela Settra. A Arquidiocese, estranhando a iniciativa da Prefeitura, analisará a questão e definirá a postura a ser tomada.”

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