O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Juiz de Fora e Região (Sinteac) solicitou à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) prioridade para os 38 funcionários do Cemitério Municipal na vacinação contra o coronavírus. Entre eles estão 14 coveiros, seis porteiros, além de trabalhadores da limpeza e do setor administrativo. A entidade lembra que, desde o início da pandemia, o serviço prestado pela categoria foi reconhecido como essencial e que as atividades não foram interrompidas.
“Esses trabalhadores fazem parte de toda a engrenagem e são primordiais para o seu funcionamento. Portanto, nada mais justo que também sejam priorizados na vacinação contra a Covid-19”, avalia o presidente do Sinteac, Sérgio Félix. Segundo ele, um ofício com o pedido de imunização nos primeiros lotes foi protocolado no início deste mês junto à Secretaria de Obras, responsável pela administração do Cemitério Municipal.
“O pleito seria levado à Secretaria de Saúde, mas até agora não tivemos retorno. Os funcionários do Parque da Saudade, vinculado à Santa Casa de Misericórdia, já foram imunizados. Esperamos que os trabalhadores do Municipal também sejam atendidos, devido à exposição desses profissionais, que atuam na linha de frente”, pontua o sindicalista, lembrando que são muitos os sepultamentos ligados às vítimas da pandemia.
Procurada pela Tribuna, a Secretaria de Saúde informou que a subsecretaria de Vigilância em Saúde já entrou em contato e realiza o pré-cadastramento da equipe do Cemitério Municipal. Segundo a pasta, a expectativa é de que a vacinação ocorra nos próximos dias, mas isso depende do recebimento de novas doses no município. Até o momento o Município recebeu doses suficientes para imunizar 73% dos trabalhadores da saúde. A vacinação ainda está acontecendo.
Conforme a PJF, os funcionários de cemitérios e funerárias já são contemplados dentro do grupo prioritário de profissionais da saúde, que abrange todos aqueles que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam esses hospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios, entre outros. “Compreende tanto os profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares), quanto os trabalhadores de apoio (recepcionistas, seguranças, trabalhadores da limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias e outros), ou seja, todos aqueles que trabalham nos serviços de saúde.”
No grupo prioritário também estão incluídos profissionais que atuam com cuidados domiciliares (cuidadores de idosos, doulas/parteiras) e os próprios funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados. A Secretaria de Saúde esclarece que a definição é de competência do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Imunização (PNI). “Além disso, o Governo estadual também fez orientações, por meio de notas informativas sobre a estratificação e vacinação dos grupos prioritários.”