Um possível morador em situação de rua, ainda não identificado, foi morto com um tiro no rosto ao pedir dinheiro a um motorista, na madrugada de domingo (22), no Bairro Mariano Procópio, Zona Nordeste de Juiz de Fora. De acordo com informações da Polícia Militar, um garçom, 18, estava sentado na mesa de um bar na Rua Agassis, por volta das 2h30, quando avistou a vítima se aproximar de uma picape branca, supostamente para pedir dinheiro. Dentro do veículo estaria um casal. O homem se agachou próximo à janela do motorista, que logo efetuou um disparo do interior do carro contra ele.
Alvejado na face, o suposto morador em situação de rua caiu sobre a picape. O criminoso ainda foi visto empurrando a vítima ao solo, fugindo em seguida pelo Mariano Procópio. A PM foi acionada e, ao chegar no local, encontrou o homem caído no chão, já aparentemente sem vida. O Samu foi acionado e constatou o óbito. A perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos e verificou que a vítima havia sofrido uma perfuração por arma de fogo próximo ao olho esquerdo.
O corpo foi levado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML), e o caso seguiu para investigação na Delegacia Especializada de Homicídios. Segundo o delegado Rodrigo Rolli, a equipe está nas ruas realizando diligências para desvendar o crime.
Caso lembra mulher morta em Niterói por pedir R$ 1
Embora as informações sobre o assassinato de um provável morador em situação de rua no Mariano Procópio ainda sejam incipientes, as circunstâncias descritas lembram um homicídio de grande repercussão ocorrido no dia 16 de novembro no Centro de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Imagens de câmeras de segurança da região ajudaram a revelar que Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos, foi baleada por um homem que não teria gostado de ser abordado pela vítima, que pedia R$ 1. Ela foi alvejada no meio da rua e chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
As gravações mostraram que, antes de atirar, o homem tentou se desvencilhar da abordagem da mulher, mas foi seguido por ela. Na sequência, ele sacou um revólver calibre 38 e disparou duas vezes contra a vítima, conhecida como Néia. Após abrir fogo, o atirador saiu andando aparentemente sem pressa pela calçada, enquanto a mulher agonizava no chão. O homem foi preso três dias depois e alegou ter sofrido tentativa de roubo, versão descartada pela Polícia Civil.