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Médicos da UPA Norte param por 13º

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Os médicos da unidade de pronto atendimento (UPA) da Zona Norte estão paralisando as atividades, a partir desta terça-feira (23), até que o pagamento do 13º salário seja realizado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, Gilson Salomão, alguns profissionais também não receberam o pagamento referente ao mês de novembro. São cerca de 60 profissionais prejudicados. No entanto, o diretor-presidente do Hospital São Vicente de Paulo (antigo HTO), Francisco Luiz Neto, administrador da UPA, enfatiza que nem todos os médicos irão aderir à paralisação e que serão atendidos os casos de risco de morte. “A função da UPA é realizar os atendimentos de urgência e emergência e isto nós faremos. Mas recebemos muitos casos que não são de UPA, são demandas da atenção básica.”

Gilson demonstra preocupação principalmente com os atendimentos de trauma. “Na UPA Norte não tem mais profissionais na porta para receber o Samu. O Therezinha de Jesus está com os atendimentos de urgência e emergência suspensos. Só irá restar o HPS (Hospital de Pronto Socorro), que tem mais de 40 pacientes somente de trauma aguardando transferência.” Ao todo, são 56 pessoas aguardando por cirurgia de trauma no HPS.

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Segundo Francisco, o 13° ainda não foi pago devido ao atraso de repasse de recursos pela Prefeitura. A verba é no valor de R$ 390 mil. “Tão logo o dinheiro chegue, realizaremos os pagamentos.” O secretário de Saúde, José Laerte Barbosa, admite o atraso. “Mas isso não é motivo para a gestora deixar de pagar aos médicos. Ela deveria honrar o pagamento, está em contrato. Quando eles não cumprem, o contrato prevê multa.” Segundo o secretário, nesta terça  será realizada a ordem bancária para o pagamento do recurso e até sexta-feira o dinheiro deverá estar na conta da administradora.

 

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João Penido

O setor de Enfermagem do Hospital Regional João Penido também irá suspender as atividades nesta terça. De acordo com a delegada do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) Leni Romani, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que administra o hospital, não irá pagar o benefício de incentivo a esses profissionais. “Todo ano, uma gratificação é dada para todos os funcionários. Neste ano, como o recurso da Prefeitura veio aquém do valor acordado, a direção da Fhemig decidiu por repartir o valor somente entre os médicos. Os profissionais do setor de enfermagem estão se sentindo lesados.”

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O Secretário de Saúde explicou que, no início do ano, um novo contrato foi firmado com o João Penido, no valor de R$ 900 mil. “Esse contrato ainda não foi publicado. Até julho, nós mantivemos repasse regular, mesmo sem contrato. Como o contrato é a partir de agosto, decidimos suspender o repasse e aguardar a publicação.” Sem esse recurso, a Fhemig fica com dinheiro reduzido para o benefício.

A Fhemig informou que não tem conhecimento sobre a paralisação e que todo pagamento é realizado no 5° dia útil de cada mês. A Tribuna tentou contato com o diretor do João Penido, mas as ligações não foram atendidas.

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