Considerado o coração da cidade, o Calçadão da Rua Halfeld recebeu nesta sexta-fera (23) centenas de balões infláveis vermelhos em formato de coração. O motivo da intervenção foi alertar a população para um problema silencioso: a cardiopatia congênita, em comemoração ao “Dia Municipal de Conscientização Sobre a Cardiopatia Congênita”, celebrado no dia 12 deste mês. Durante toda a manhã, em uma tenda montada em frente ao Cine-Theatro Central, médicos e acadêmicos realizaram atendimentos a crianças e adultos, como aferição de pressão arterial, verificação de glicemia e índice de massa corporal (IMC), além de pesagem e medição. A equipe do Doutores do Amor também marcou presença, alegrando os participantes.
A cardiologista pediátrica do Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente, Mariana Constatina, explica que, conforme dados recentes do Ministério da Saúde, uma a cada cem crianças nascidas por ano no país apresenta problemas cardiovasculares, o que representa 28 mil crianças. Deste montante, apenas 22% passam por tratamento. “Por isso, um dia como este serve para mostrar o quanto o diagnóstico precoce é fundamental para a saúde das crianças, aumentando as chances de receber o tratamento adequado e ter uma vida normal”. A ação foi realizada pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio do Projeto Bem Comum, em parceria com a Unimed JF e a Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (Suprema).
A cardiopatia congênita caracteriza-se por toda e qualquer anormalidade apresentada na estrutura ou funcionalidade do coração. Ela pode ser detectada durante a gestação ou nas primeiras 24 horas de vida do bebê. A doença pode levar anos para se manifestar, ou seja, pode aparecer na idade adulta, inclusive. Os sintomas na infância são pele arroxeada, cansaço ao mamar, falta de ar e pneumonia de repetição. O diagnóstico pode ser feito por meio do “teste do coraçãozinho”, realizado na cidade em todos os hospitais onde são feitos partos.