Atualizada às 20h23
Um dia depois de 38 tablets terem sido furtados no sétimo arrombamento do ano na Escola Estadual Batista de Oliveira, cerca de 200 alunos e professores fizeram um protesto fechando o trânsito na Avenida Sete de Setembro, no Bairro Costa Carvalho, Zona Sudeste. Por cerca de 20 minutos, os manifestantes seguraram faixas e cartazes pedindo mais segurança e infraestrutura para a instituição, que funciona na mesma via e atende a mais de 600 estudantes dos ensinos fundamental e médio. Na segunda-feira, eles tiveram as aulas suspensas devido aos trabalhos policiais em decorrência da terceira invasão apenas este mês.
Eleito prefeito da Batista de Oliveira em um projeto interno, o aluno do 2º ano do ensino médio Matheus Batalha, 16 anos, ajudou a liderar o movimento. “Queremos chamar a atenção, não só do Governo, mas também da população. Precisam olhar com carinho para a escola pública, que está abandonada”, disse o estudante. “Estamos sufocados, pedindo socorro. Não é só o patrimônio que está perecendo, os alunos também estão”, desabafou.
O estudante do 1º ano Matheus Leão, 18, reforçou que as invasões são frequentes na instituição. “Acabam com a infraestrutura e, assim, não tem como investir mais na escola. Decidimos vir para a rua porque o Governo precisa tomar alguma providência.”
Uma reunião entre a direção da escola e a Superintendência Regional de Ensino foi marcada para a tarde de sta terça-feira a fim de tratar das reivindicações. Além do furto dos 38 tablets, duas impressoras, um aparelho de fax e um roteador, a Batista de Oliveira teve prejuízo com a destruição do sistema de alarme. Na segunda, o diretor administrativo e financeiro da Superintendência, Marcelino Rocha, disse que quer levantar as necessidades da escola para poder buscar recursos junto à Secretaria Estadual de Educação.
Tablets recuperados
Também nesta terça, a vice-diretora do colégio, Magaly Ribeiro Miranda, informou que dois dos tablets furtados foram recuperados pela polícia ainda na segunda-feira. “O movimento que estamos fazendo já está surtindo efeito, porque denúncias já começaram a aparecer.” Ela acredita que, além dos reparos no sistema de alarme, o ideal seria colocar um vigia na instituição para melhorar a segurança.
O titular da 6ª Delegacia de Polícia Civil, Rodrigo Massaud, afirmou que o inquérito que investiga o furto na escola foi instaurado e confirmou que dois dos aparelhos já foram encontrados. Por enquanto, não houve prisões e, segundo ele, outros detalhes não podem ser divulgados para não atrapalhar as investigações.