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Vazamento de gás no Exército faz alunos evacuarem dependências do IF Sudeste

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Segundo instituição, aulas do turno noturno não seriam afetadas; movimentação era normal no início da noite (Foto: Vivia Lima)

Atualizada às 18h12

s dependências do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste), campus Juiz de Fora, no Bairro Fábrica, foram evacuadas na tarde desta terça-feira (23) devido ao forte cheiro de gás lacrimogêneo que invadiu as instalações, obrigando a direção a liberar os estudantes. A substância escapou acidentalmente durante treinamento de rotina no 10º Batalhão de Infantaria Leve, unidade do Exército que tem sede próxima à instituição de ensino.

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De acordo com a assessoria de comunicação do IF Sudeste, os estudantes sentiram um cheiro de queimado, e foi solicitado que deixassem as salas de aulas, por volta das 16h. Uma aluna, do curso de eventos, com problemas de bronquite, precisou ser medicada. Uma ambulância foi acionada e encaminhou a estudante para o hospital. Conforme a assessoria, ela passava bem e estava acompanhada dos pais.

As aulas no instituto foram dispensadas no período da tarde, mas voltaram ao normal no período noturno, ainda na terça-feira. A assessoria também enfatizou que não houve casos de desmaios e de outras pessoas que tivessem passado mal em razão do gás. Segundo o comandante do 10º Batalhão de Infantaria Leve, tenente-coronel José Nelson Apolinário da Costa, no momento do transtorno, o Exército fazia um treinamento de rotina para atividades de instrução. “Estávamos dentro do nosso estande, que fica cerca de 700 metros de distância da comunidade. Antes de iniciar o uso do gás, adotamos todos os procedimentos do plano de segurança, como avaliar a direção do vento. No entanto, esta direção foi alterada no meio do treinamento, causando este desconforto.”

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Ainda conforme o oficial, foram utilizados de dez a 13 granadas de gás durante a atividade, e nenhum militar foi atingido. “Fomos informados que o gás alcançou as dependências do IF Sudeste e, imediatamente, enviamos nossos médicos para avaliar a situação”, informou, acrescentando que as medidas de segurança sempre são adotadas neste tipo de treinamento para evitar transtornos à população do entorno.

Um servidor do IF Sudeste contou à Tribuna que sentiu um cheiro muito forte espalhado por todo o campus. “Quando bateu o cheiro, não sabíamos o que era, e todo mundo ficou assustado. Minha garganta arranhou um pouco e fiquei com o olho lacrimejando”, relatou. A estudante do curso de Licenciatura em Física, Larissa Ferreira Eleotério, 23, disse que os alunos começaram a sentir um cheiro forte e saíram das salas. Logo em seguida, foram avisados por professores que seriam liberados. A também estudante do mesmo curso, Jenniffer Maria da Silva, 24, ressaltou que militares estiveram no campus para explicar a situação, que foi resolvida rapidamente.

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O gás lacrimogêneo tem ação limitada e não é letal. As Forças Armadas utilizam a substância em várias ações, como na dispersão de multidões em conflito.

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