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165 casais selam união em casamento comunitário

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Olavo Prazeres/23-05-15

Era 1995 quando Irene Aparecida Vieira, de 42 anos, começou a namorar Agnaldo Sinfrônio, 44. Pouco tempo depois, tiveram Claudio, Carlos e Lilian. Ainda assim, mantiveram-se cada um em sua casa, morando com os pais. “Ele sempre foi muito presente nesses anos todos”, conta Irene, que ficou com os três filhos. Há cinco anos, o casal passou a dividir o mesmo teto, com a família formada. Contudo, faltava algo. Neste sábado (23), trajando um vestido branco rendado, Irene entrou de mãos dadas com Agnaldo para realizar, junto de outros 164 casais, o que para ela era um sonho. “Temos que organizar nossa vida. Já passou da hora. Estou muito feliz. Agora, nossa vida muda completamente, e para melhor”, emociona-se a, agora oficialmente, esposa de Agnaldo. Sobre a lua de mel, diz não ter tempo para passear no momento. “Vai ser na minha casa mesmo”, diz, aos risos.

Recepcionadas com um café da manhã, seguido de tratamentos estéticos com direito a maquiagem e penteados, as 165 noivas do projeto “Bem casado”, promovido pela Casa da Mulher – Centro de Referência da Secretaria de Governo da PJF -, se prepararam desde as 8h. Às 15h, entraram no salão da AABB, celebrando a união que formalizaram em cartório durante a semana. O casamento social, com o número de casais correspondente à idade de Juiz de Fora – 165 anos completados no próximo dia 31 -, reuniu cerca de mil pessoas no espaço. Durante a cerimônia, o prefeito Bruno Siqueira, ao lado da esposa Daniele, destacou seu entusiasmo diante da ação e contou que no próximo dia 2 completa nove anos de casado. “Espero que vocês possam ter a alegria na casa de vocês, da mesma forma que temos em minha residência”, fez os votos.

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Casais de muitas idades
Bastante nervosos, Jonathan de Sousa Rodrigues, 23, e Simone Gabriela dos Anjos Moreira, 23, formavam um dos casais mais jovens do evento. Com três anos de relação, e há dois anos e sete meses morando juntos, os dois queriam formalizar os laços que os dois filhos construíram.

Conceição Aparecida Antero, 48, também já divide a mesma casa, há seis anos, com o marido, e só decidiu usar um “vestido dos sonhos”, com uma cauda bastante longa e muita pedraria, para documentar a relação que tem com José Carlos Gonçalves Florentino, 49, que segurava para não chorar.

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A grande motivação de Sônia Maria Neves de Assunção, 65, e Jorge José da Silveira, 62, também era a formalização de uma construção que já soma 36 anos. “Agora resolvemos colocar o preto no branco. Não tem jeito, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, brincou o homem, demonstrando toda a ansiedade que sentia.

Como muitos dos casais presentes, Minalda Ferreira Oliveira, 61, que agora passar a assinar, também, o sobrenome Tomacelli, do marido Pedro, 72, a religião – evangélica, na grande maioria – foi a responsável pela decisão. “Precisamos regularizar nossa vida diante dos homens e de Deus”, explica Pedro. “Agora temos a benção e os documentos”, completa a esposa, com quem o homem está junto há três décadas. As núpcias? “A gente já vive sempre uma lua de mel”, conta, sorrindo, Minalda, para logo acrescentar: “Só espero ser sorteada para um hotel, coisa que nunca pudemos fazer”.

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