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Especialista alerta para importância de diagnosticar tuberculose precocemente

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Lembrado neste domingo (24), o Dia Mundial de Combate à Tuberculose visa conscientizar a população sobre a doença infecciosa que mais mata no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em Juiz de Fora, o número de casos notificados é considerado alto. Embora a Secretaria de Saúde (PJF) ainda não tenha os dados de 2018 disponíveis – o número será fechado em julho deste ano, devido às especificidades da doença, como o longo período de tratamento -, o levantamento de 2017, que aponta 309 casos de tuberculose, coloca a cidade em segundo lugar na lista dos municípios mineiros com maior número de casos da doença em Minas Gerais, atrás apenas da capital Belo Horizonte.

Contudo, segundo a médica pneumologista da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Márcia Haddad, todos os esforços estão sendo feitos, por parte da Secretaria de Saúde, para que o quadro seja revertido. “O Centro de Vigilância Epidemiológica do município tem trabalhado com campanhas, estruturação da rede de saúde e capacitação dos profissionais para reverter o alto número de notificações na cidade”, afirma.

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Na avaliação da médica, embora tenha prevenção e seja curável, a tuberculose tem alta taxa de mortalidade porque ainda há uma falsa crença de que ela estaria controlada no Brasil. Por esse motivo, a doença ainda é bastante negligenciada, até mesmo pela comunidade científica. De acordo com Márcia, existem poucos investimentos em pesquisas no país sobre o tema. Nesse sentido, ela frisa a importância de uma data para a sua conscientização. “É importante que haja uma divulgação do que é a doença, de quais são seu principais sintomas (ver quadro) e, principalmente, divulgar que é uma doença grave, infecciosa, mas que tem cura. Mas, para isso, é importante que ela seja diagnosticada o mais rápido possível, e que o tratamento seja feito do início ao fim”, explica.

PJF está realizando ações para a conscientização da doença, em diversos pontos da cidade (Foto: Leonardo Costa)

Campanha

Para conscientizar a população, durante esta semana, a Secretaria de Saúde realizou, por meio das equipes do serviço de tisiologia e do setor de doenças transmissíveis do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea), ações de conscientização em diversos pontos da cidade. Para alcançar maior número de pessoas, a pasta vai estender as panfletagens até a próxima sexta-feira (29). As intervenções vão acontecer nos calçadões das Ruas Halfeld e São João, no Parque Halfeld e em locais estratégicos de grande concentração de pessoas.

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Abandono do tratamento agrava quadro

Por ter um tratamento específico e duradouro, por cerca de seis meses, a médica Márcia Haddad explica que há uma alta taxa de abandono por parte dos pacientes. A atitude, no entanto, pode agravar o quadro clínico, muitas vezes levando o doente ao óbito. Outro fator grave é o alto grau de contágio da tuberculose quando a doença atinge o pulmão. “O tratamento é longo, dura seis meses e, por isso, às vezes a pessoa o abandona, porque o uso dos comprimidos pode causar enjoo e mal-estar, e o paciente desiste”.

O diagnóstico precoce também é fundamental, pontua a médica, para interromper a cadeia de transmissão da doença. “É uma doença que, às vezes, tem o diagnóstico um pouco difícil, e com isso a doença progride. Nessa progressão a pessoa fica sem o tratamento e pode haver uma piora importante. Por isso, se a pessoa começar a notar os sintomas, mais rápido ela deve procurar ajuda médica. Quanto mais rápido a pessoa tratar, menos ela pode transmitir a doença”.

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O tratamento da tuberculose é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e feito por meio da ingestão de medicamentos antituberculostáticos. Ao apresentar os sintomas, o usuário deve comparecer à Unidade de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência ou ao PAM-Marechal, loja 7.

Prevenção

De acordo com o Ministério da Saúde, para prevenir a doença, é necessário imunizar as crianças ao nascer, ou, no máximo, até 4 anos, 11 meses e 29 dias com a vacina BCG, que protege a criança das formas mais graves, como a tuberculose miliar e a meníngea. Caso o bebê não tenha recebido a dose no hospital, seus responsáveis devem procurar o PAM-Marechal, que faz esse atendimento no 4º andar, às terças e quintas-feiras, às 15h, para aplicação da vacina. Sobre a transmissão da doença, o Ministério da Saúde explica que, ao contrário de orientações anteriores, compartilhar talheres, copos e demais utensílios não transmite a doença. O contágio é feito por meio da tosse ou espirro.

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A vacinação, contudo, não impede o adulto de adoecer. Por esse motivo, deve-se evitar o contato com pessoas contaminadas até que se estabeleça o tratamento adequado para o paciente.

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