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Carreta com etanol tomba, e motorista morre na BR-267

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Cabine se desprendeu do eixo traseiro e ficou presa em uma árvore (Foto: Fernando Priamo)
Com o impacto, eixo ficou distante aproximadamente 100 metros da outra parte do veículo (Foto: Fernando Priamo)

Uma carreta que transportava etanol tombou na madrugada deste sábado (23) na altura do km 75 da BR-267, causando a morte do motorista Juscirlande Oliveira Santos, de 42 anos. Um outro ocupante do veículo, 40, foi resgatado em estado grave, com fortes dores na coluna cervical e suspeita de múltiplas fraturas, e encaminhado para o Hospital São José, em Bicas. Em seguida, ele foi transferido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), em Juiz de Fora. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde, na tarde deste sábado, o homem se encontrava na enfermaria, lúcido, estável e conversando. Ainda de acordo com a pasta, ele realizou exames e passará por nova avaliação médica.

Com o violento acidente, o veículo com placa de Muriaé, saiu da pista e capotou no barranco. A cabine ficou presa em uma árvore, e o eixo traseiro foi lançado a cerca de 100 metros de distância do tanque, que afundou-se numa nascente, na entrada de um sítio. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a perícia e o Instituto Estadual do Ambiente foram acionados. Conforme a corporação, a suspeita é de que o etanol tenha atingido um manancial que passa pela localidade. O trânsito na área não sofreu alterações, e a carreta permanecia no local do acidente, a cerca de 250 metros da estrada, até por volta das 14h. Até por volta desse horário não havia informações sobre como seria feito o transbordo do produto.

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Moradores reivindicam melhorias

Próxima à entrada de Sarandira, a localidade é denominada Paço da Pátria e contabiliza ocorrências semelhantes. O funcionário público Welington de Castro Guimarães, 43, afirma que, nos 15 anos que o pai possui um sítio no endereço onde a carreta tombou, ele já perdeu a conta da quantidade de acidentes fatais na entrada de sua propriedade. “Já morreram muito mais de 15 pessoas aqui. Já saio do sítio preocupado com essa curva. Há uns cinco anos protocolei um pedido no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para que fosse feito alguma coisa, documentei com fotos e reportagens, mas colocaram placas regressivas numéricas, que já não estão mais no lugar. A única solução aqui é a instalação de um radar”, defende o homem, ao lado do eixo da carreta.

Na memória de Guimarães e seus familiares estão acidentes como a colisão frontal de dois caminhões, um deles carregado com 22 cavalos, que também morreram com o choque. Em outra ocorrência, uma bobina de aço se desprendeu de um caminhão e caiu em cima de carro, matando seus quatro ocupantes. No reveillon deste ano, outra carreta com combustível caiu na entrada de seu sítio, impedindo o fluxo à sua propriedade justamente no feriado e tirando a vida dos peixes do açude onde deságua a nascente. “Acidentes com carros e motos a gente nem conta mais. Rodo muita estrada e considero aqui o lugar mais crítico em nossa região”, comenta ele, entre a angústia e a indignação.

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