Juiz de Fora ocupa o segundo lugar em casos de tuberculose em Minas Gerais, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde. A doença é uma patologia infecciosa e transmissível, que afeta prioritariamente os pulmões. Conforme a pasta, as ocorrências cresceram cerca de 29% entre 2015 e 2016, sendo que no primeiro ano foram notificados 298 casos, enquanto que no último, 384. O aumento serve de alerta para a população nesta sexta-feira (24), Dia Mundial de Combate à Tuberculose.
Com o objetivo de marcar a data, a Secretaria de Saúde do município intensificou, nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps) e no Pronto Atendimento Médico (PAM) Marechal, as orientações aos cidadãos, com afixação de cartazes e distribuição de panfletos contendo os principais sintomas da doença e a importância de não se abandonar o tratamento, que é de longo prazo.
Para esta sexta, está programada a coleta de material para exames de tuberculose no Centro Pop, que atende a população de rua. Além disso, a partir das 14h, haverá o Consultório na Rua, serviço que realiza abordagens aos moradores de rua, também para coleta de material, na Praça da Estação, no Centro. Desde a última terça-feira, um dos mais importantes pontos turísticos da cidade, o Morro do Cristo, está iluminado com luzes vermelhas para dar visibilidade à luta contra a doença e destacar a importância do diagnóstico precoce.
O abandono do tratamento é um dos principais desafios para o controle da tuberculose. Trata-se de situação grave e que pode levar o doente à morte, pois, além de manter a transmissão da doença, pode ocasionar o aparecimento de bactérias mais resistentes. Por outro lado, a pessoa em uso correto dos medicamentos não transmite a patologia após 15 dias de tratamento, aproximadamente.
A doença
Causada por bactéria, a tuberculose é transmitida pelo ar de pessoa para pessoa, em situações de fala, tosse ou espirro. Ela atinge principalmente os pulmões, mas pode afetar também outras partes do corpo. Os principais sintomas são tosse persistente, com ou sem secreção, por mais de três semanas, podendo ser acompanhada por febre, geralmente no final do dia, suor noturno, emagrecimento, falta de apetite, cansaço e dor no peito. A tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito e disponível no SUS.
A vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG), administrada logo após o nascimento, previne contra formas graves da doença na infância, mas não impede o adoecimento em outras fases da vida. Para êxito no tratamento é importante que o paciente tome os medicamentos de forma regular (todos os dias) e no tempo previsto (mínimo de seis meses).