Um quilo e meio de cocaína nine-nine – tipo mais puro da droga-, crack e maconha, avaliados em R$ 100 mil foram apreendidos pela Delegacia Especializada Antidrogas durante uma operação que durou cerca de sete horas. A manobra intitulada Coruja, teve início às 21h de terça e terminou de madrugada, por volta das 4h, dessa quarta-feira (22). Na ação, que ocorreu nos bairros São Pedro e Vila Alpina, dois homens foram presos.
De acordo com o delegado Rafael Gomes, titular da Especializada, os bairros onde ocorreram as prisões haviam sido mapeados pelos policiais, sendo considerados “zonas quentes de criminalidade”. A partir dos dados levantados, a equipe seguiu até São Pedro, na Cidade Alta. Na residência do suspeito, de 44 anos, localizada na Rua Joaquim Caetano, estavam 39 pedras de crack, duas buchas de maconha e R$ 22 em dinheiro. O local já teria sido alvo de investigações há aproximadamente 15 dias, quando três pessoas foram detidas. “Após a prisão dos familiares, ele teria assumido a boca de fumo, dando continuidade às atividades ilícitas.” O homem foi preso em flagrante e levado para prestar depoimento.
Após o término dessa parte da manobra, os policiais civis seguiram para a Vila Alpina, na Zona Leste de Juiz de Fora. Informações davam conta que o homem, 31, estaria servindo de guarda-roupa para um traficante, responsável pela distribuição da droga na região. Ele, que já tem passagem por lesão corporal, foi abordado na Rua Eurico Viana e, ao ser questionado pela polícia, confessou que em sua residência teria grande quantidade de drogas. Em troca do favor, o suspeito receberia certa quantia em dinheiro. “Temendo por sua segurança, ele não disse o nome do dono do entorpecente. No imóvel onde ele reside, encontramos todo o material”, afirmou o delegado. Além da cocaína pura, que fracionada geraria 3.900 pedras, estavam outras 144 porções da mesma droga prontas para o consumo, duas balanças de precisão e embalagens plásticas. Com essa operação, segundo Rafael Gomes, o tráfico local levou um prejuízo de R$ 100 mil. Contabilizando todas as ações deflagradas pela Delegacia Antidrogas, desde o início do ano, o dano chega a R$ 3,6 milhões. Os dois presos já estão no Ceresp à disposição da Justiça.