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4º Departamento de Polícia Civil tem novo titular

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Delegado Carlos Roberto destacou o trabalho de apuração de crimes de homicídios na cidade (Foto: Olavo Prazeres)

Com a proposta de intensificar os cumprimentos de mandados de prisão na cidade para combater a criminalidade, o delegado Carlos Roberto da Silveira Costa foi apresentado ontem como o novo chefe do 4º Departamento de Polícia Civil de Juiz de Fora. “Isso é essencial. Fazendo assim, tiramos de circulação pessoas que cometeram crimes”, destacou o novo titular durante coletiva à imprensa, na tarde ontem, na sede da 4ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp). Ele também aposta no trabalho de inteligência para investigar, identificar e prender criminosos, principalmente aqueles envolvidos em homicídios e roubos consumados. Este último, conforme dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), cresceu 42% entre janeiro e outubro deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2015.

A estatística da Seds, baseada nos Registros de Eventos de Defesa Social (Reds), revela que ocorreram 1.903 roubos nos meses analisados, o que significa uma média de 190 assaltos por mês ou seis casos a cada dia. “A Polícia Civil, antes do início da minha gestão, já vinha trabalhando no sentido de diminuir esses casos. Iremos realizar um levantamento das áreas de maior incidência deste tipo de crime, identificar autores, quais os horários em que os crimes mais acontecem, a fim de traçar uma estratégia para investigação e prisão dos autores. Esse índice nos preocupa e vamos trabalhar para reduzi-lo”, asseverou Carlos Roberto.

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Mortes

A dez dias para o fim de 2016, a quantidade de vidas perdidas para o crime já ultrapassou o total de assassinatos registrados no município em 2015, conforme levantamento da Tribuna. Até ontem, Juiz de Fora contabilizou 148 vítimas de morte violenta. No ano passado, o acumulado ficou em 131 casos. De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Rodrigo Rolli, o tráfico de drogas continua como pano de fundo da maioria das mortes violentas, motivadas também por brigas de grupos rivais. Para combater o avanço dos assassinatos na cidade, o chefe da Polícia Civil também acredita no mapeamento dos crimes. “Assim como os crimes de roubos, temos que mapear onde os homicídios mais acontecem, identificar os autores, verificar a existência de mandados de prisão contra eles, na busca de prendê-los. Esse levantamento já vem sendo realizado e, inclusive, no sábado passado, foi realizada uma grande operação conjunta com outros órgãos públicos na Zona Norte”, destacou, lembrando que Juiz de Fora tem um índice de apuração exemplar. “Tenho a satisfação de dizer que o índice de apuração de crimes de homicídio em Juiz de Fora varia entre 70% e 80%, sendo que, no Brasil, o mesmo percentual não chega a 10%. Acompanho o trabalho do delegado Rodrigo Rolli e sei que a delegacia da qual ele é titular vem apurando diversos casos, resultando na prisão de autores”. Ele ainda acrescentou que, em 2016, de modo geral, a Polícia Civil realizou a prisão de 298 pessoas, 86 apreensões de adolescentes e fez 55 grandes operações.

Déficit de policiais em Santa Terezinha

A respeito de déficit de policiais em Santa Terezinha, Carlos Roberto foi enfático: “Logo de cara, se não houver como aumentar o número de policiais, vamos fazer uma cooperação entre as regionais para a realização de operações, disponibilizando efetivo necessário para cada uma delas. Claro que vamos oficiar os órgãos responsáveis, a fim de pleitear a vinda de mais policiais para a cidade. Mas devo destacar que, para Juiz de Fora, chegaram 21 investigadores, oito para Leopoldina, nove para Muriaé e 14 para Ubá. Mesmo assim, vamos tentar a vinda de mais policiais para nossa área”, comprometeu-se.

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