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Visitação sob ameaça no Parque Estadual do Ibitipoca

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A visitação no Parque pode ser afetada (Foto: Leonardo Costa)

O atraso no pagamento de funcionários terceirizados está ameaçando o funcionamento do Parque Estadual do Ibitipoca. A contratação dos guarda-parques é realizada pela empresa Cristal, que, desde agosto, não efetua o pagamento aos contratados. Para reivindicar seus direitos, os dez terceirizados que atuam no parque estão de braços cruzados desde a última segunda-feira. Assim, o local conta com apenas 13 pessoas para receber cerca de 1.200 visitantes nos fins de semana.

Conforme um terceirizado que preferiu ter a identidade preservada, além do atraso nos pagamentos referentes aos meses de agosto e setembro, a Cristal não está depositando o fundo de garantia dos contratados. “Eles não estão depositando o nosso fundo desde novembro do ano passado e continuam descontando normalmente da nossa folha de pagamento. Na segunda-feira, resolvemos parar de trabalhar até o problema ser solucionado.” O funcionário conta ainda que, com a ameaça do parque em interromper a visitação, empresários da região estão oferecendo pagar pelo serviço por fora. “Os empresários estão pagando pessoas para fazer o nosso serviço para o parque não fechar.”

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Conforme a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a Cristal encontra-se com problemas referentes ao recolhimento dos encargos sociais dos funcionários. “Por esse motivo, o Instituto Estadual de Florestas está impossibilitado de efetuar o pagamento enquanto a empresa não regularizar a situação. Esclarecemos que o atraso do repasse mensal à Empresa Cristal é somente do último mês. Os meses anteriores já foram pagos. Existe uma proposta por parte do IEF para pagamento dos encargos, com depósito em juízo, para que a empresa regularize a situação referente aos encargos sociais. O valor do adiantamento feito pelo IEF seria descontado das parcelas a vencer do contrato.

A proposta está sob análise pelo setor jurídico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).” O problema afeta também outros parques estaduais, como Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto), Itacolomi (entre Ouro Preto e Mariana), Rio Doce (entre os municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo.), Brigadeiro (região de Muriaé), Sumidouro (entre Lagoa Santa e Pedro Leopoldo), Lapa Grande (Montes Claros) e Pau Furado (Uberlândia). Esses dois últimos não estão recebendo visitas devido à greve dos terceirizados.

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A Tribuna tentou contato com a empresa Cristal e com a administração do parque, mas as ligações não foram atendidas na tarde desta sexta-feira (21).

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