Oitenta e cinco idosos foram atropelados em Juiz de Fora de janeiro a setembro de 2016. O número foi divulgado ontem pelo delegado Márcio Savino Lopes, titular do Núcleo de Atendimento ao Idoso da Polícia Civil. Segundo ele, embora o dado não reflita um crescimento dos casos em relação aos anos anteriores, a orientação é pela redução. Em 2015, foram registrados 121 atropelamentos de maiores de 60 anos, em 2014, foram 128. A maior incidência ocorre na região central da cidade, seguida por bairros da Zona Sul, como São Mateus e Alto dos Passos. Na Zona Nordeste, o Mariano Procópio também está incluído na lista de bairros com maior número de atropelamentos.
De acordo com Savino, a intenção da Polícia Civil é de que haja uma redução do número de casos. No levantamento realizado pelo órgão, detectou-se que os atropelamentos nesta faixa etária ocorrem, em sua maioria, por desatenção da própria vítima. No entanto, isso não diminui a responsabilidade que o motorista deve ter. “O condutor tem que ficar atento à movimentação dos pedestres, principalmente em relação aos idosos, por causa de muitos fatores, entre eles, o calor nas ruas”, afirma o delegado.
Dentro da programação da Semana Nacional do Trânsito, a Polícia Civil e a Settra realizaram ontem uma panfletagem no Parque Halfeld com orientação sobre os cuidados e sobre os crimes previstos no Estatuto do Idoso. “Estamos também orientando motoristas de ônibus, informando que a discriminação ou o ato de dificultar o acesso do idoso ao transporte coletivo é um crime previsto no Estatuto do Idoso: não parar no ponto certo, não esperar ele sentar, isso é um desrespeito, uma discriminação, com certeza ele deve denunciar, e a gente vai investigar isso aí”, afirma Savino.