Agentes comunitários da Secretaria de Saúde e técnicos em saúde da empresa Oxitec já estão visitando os bairros Vila Olavo Costa, Santa Luzia e Monte Castelo, nas regiões Sudeste, Sul e Norte, respectivamente, para orientar os moradores sobre o Aedes do Bem. Esta fase consiste em visitas “porta a porta”, com o objetivo de explicar aos moradores sobre o funcionamento do projeto. O próximo passo deve ser a soltura dos mosquitos geneticamente modificados nos três bairros, até outubro.
A ação é a primeira parte do Aedes do Bem, projeto implantado em julho e que visa a diminuir a população selvagem do Aedes aegypti em Juiz de Fora. Segundo a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Michele Freitas, as visitas porta a porta são importantes para promover o engajamento do público, fator considerado essencial para o funcionamento do projeto. “É importante que a população tenha essas informações, uma vez que precisamos do aceitamento do público para que dê certo. Assim, as pessoas podem se tornar multiplicadoras dessas informações.”
Além dos agentes comunitários, seis técnicos da empresa Oxitec, criadora do Aedes do Bem, também participarão das visitas. “Os agentes comunitários já conhecem os bairros e ajudam os técnicos nessa conscientização”, explica Michele. Como os técnicos da empresa são pessoas que a população ainda não conhece, a Secretaria de Saúde informou que todos os envolvidos nesta ação estarão uniformizados e com crachás de identificação.
Não há prazo definido para início da próxima etapa. De acordo com a chefe de departamento, as visitas devem continuar no período entre 60 a 90 dias. Já a soltura dos mosquitos transgênicos deve acontecer a partir de outubro. Ainda segundo Michele, o projeto já tem tido boa aceitação na cidade. “Promovemos reuniões com os conselhos de saúde e percebemos que, quando as pessoas compreendem a técnica, a aprovação é muito boa. Destacamos, no entanto, que todos devem continuar fazendo sua parte no combate ao Aedes aegypti, separando dez minutos por semana para verificar se há focos em casa.”