A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a conduta de seguranças que trabalhavam em um evento de música sertaneja, que ocorreu no último sábado, no Parque de Exposições de Juiz de Fora. Segundo o titular da 3ª delegacia distrital, delegado Rodolfo Rolli, pelo menos nove pessoas procuraram a unidade policial para relatar agressões que teriam sido feitas pelos profissionais. Elas alegaram que não estavam envolvidas em nenhuma briga. Uma das vítima chegou a desmaiar após ser atingida por socos, chutes e golpes de tonfa. Além disto, a delegacia apura dezenas de furtos de aparelhos celulares ocorridos na festa.
Segundo Rodolfo Rolli, foram ouvidas nesta terça-feira (20) seis pessoas, uma mulher e cinco homens. Conforme informações do registro policial, a mulher, 26 anos, afirmou que estava em um camarote da festa na companhia do namorado e um grupo de amigos. Por volta de 4h, segundo ela, começou uma confusão entre algumas mulheres que eles afirmam desconhecer. As seguranças femininas foram separar a briga, no entanto, teriam começado, junto com seguranças homens, a agredir pessoas que estavam ao redor. “Ela e mais cinco homens, que foram submetidos a exame de corpo de delito, detalharam que foram agredidos com socos, chutes e com tonfa. Eles tiveram diversos hematomas pelo corpo, e um dos homens precisou ser socorrido pelo Samu ainda no evento após desmaiar”, disse, acrescentando que as vítimas não souberam dizer quantos seguranças as teriam atacado.
Conforme o delegado, outras três possíveis vítimas também estiveram na delegacia denunciando agressões, porém, ainda não prestaram depoimento e nem fizeram representações criminais contra os seguranças. “Estas ocorrências serão juntadas a este caso. Vou oficiar a empresa para que ela me repasse nome e foto de todos os profissionais que trabalharam no evento, para que as vítimas possam identificar os supostos agressores. Além disto, irei checar com a Polícia Federal se a empresa é credenciada para fazer segurança”, comentou. Para o delegado, se as agressões ficarem comprovadas, “demonstram um despreparo total destes profissionais. Além disto, está em investigação o furto de dezenas de celulares, que ocorreram mesmo havendo segurança particular”, pontuou. O delegado disse que se alguém foi vítima dos seguranças deve procurar a delegacia. A Tribuna tentou contato com a organização do evento e com a empresa de segurança, mas não obteve retorno.