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Movimento Escolas Abertas volta às ruas para cobrar retorno das aulas presenciais

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Manifestação foi iniciada em frente ao Cine-Theatro Central e concluída perto da Câmara Municipal (Foto: Leonardo Costa)

O Movimento Escolas Abertas realizou um novo ato público no Calçadão da Rua Halfeld, na manhã deste sábado (20), com o objetivo de reivindicar que a educação seja incluída na legislação como atividade essencial  e, além disso, que a cidade tenha a definição de um protocolo para retorno imediato dos estudantes às escolas.

A ideia do grupo, que hoje reúne mais de dois mil pais e representantes legais de estudantes nas redes sociais, é a de que as escolas das redes pública e privada possam voltar a receber os alunos, de maneira gradual, com turmas reduzidas, respeitando a vontade das famílias que optarem por manter o ensino remoto e com protocolo de segurança.

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De acordo com uma das representantes do movimento, Maressa Souza, depois do primeiro ato, realizado em 8 de fevereiro, os manifestantes foram recebidos pela presidência da Câmara. Os responsáveis fizeram contato com todos os legisladores, em busca de apoio individual para viabilizar o projeto de lei que torna a educação uma atividade essencial. O grupo participou, ainda, de reunião com a secretária de Educação, Nádia Ribas. Na próxima semana, estaria prevista uma reunião com a prefeita Margarida Salomão, na quinta-feira (25).

“Esse ato foi feito para que a gente tenha oportunidade de desmistificar preconceitos em relação ao ambiente escolar. Temos recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), pedindo que sejam feitos os protocolos. A gente acredita que o ambiente escolar com protocolo rígido seja seguro, conforme as autoridades têm dito”, explica Maressa Souza.

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Ela ainda acrescenta que o movimento acredita no revezamento entre os alunos e não na volta total de todos os estudante. “Defendemos nesse início o retorno híbrido, facultativo, dando liberdade aos pais que optem pelo ensino 100% digital permanecerem nesse sistema. Uso de máscara pelas crianças, uso de face shield pelos professores, distanciamento entre as cadeiras.”

O ato

A manifestação foi iniciada às 10h em frente ao Cine-Theatro Central e concluída por volta das 11h45, em frente à Câmara.

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A advogada Flávia Machado, uma das mães que fazem parte do movimento, acredita que o medo pode estar deixando familiares acuados. “Lutamos pela essencialidade da educação. O retorno híbrido, facultativo e seguro não vai colocar ninguém em risco. Quem se sentir inseguro, ou o filho tiver algum problema, vai poder continuar em casa. Isso é só um início. Temos que dar o primeiro passo para que as crianças possam sair da frente do computador”, pontua

PJF reforça que aulas permanecem suspensas

Por meio de nota, a Prefeitura de Juiz de Fora informou que, de acordo com o decreto que criou o programa municipal Juiz de Fora pela Vida, em função de o município estar atualmente na faixa laranja, permanecem suspensas as aulas da rede municipal de ensino, bem como nas unidades escolares das redes federal, estadual e privada, e atendimento em creches municipais.

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A PJF também enfatizou que a Secretaria de Educação criou um Grupo de Trabalho (GT) com representantes de diversos setores, incluindo Poder Público, sindicatos e representantes de pais e alunos para dialogar e analisar a situação da educação no município. “Já foi realizado, nesta semana, o primeiro encontro deste grupo para dar os encaminhamentos. Atualmente, a rede municipal encontra-se em recesso, e o ano letivo, que se iniciará em março, começará de forma remota.”

Ainda de acordo com a nota, as aulas nos sistemas híbrido ou presencial só serão retomadas no município após um amplo diálogo dentro do GT sobre protocolos, respeitando as orientações dos órgãos sanitários, do Programa Juiz de Fora pela Vida e as particularidades de cada rede de ensino e de cada escola.

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