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Mais de 30 mil pessoas deixaram de se vacinar com a primeira dose contra a Covid em JF

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Até o dia 15 de outubro, 30.965 pessoas com 12 anos ou mais ainda não haviam comparecido aos postos de vacinação de Juiz de Fora para receber a primeira dose contra a Covid-19. O número foi divulgado, nesta terça-feira (19), pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (SS/PJF) e representa cerca de 6% do público na cidade elegível para a imunização até o momento – cerca de 471 mil pessoas, conforme estimativa da secretaria. Além disso, de acordo com a pasta, 47.362 pessoas também estão com a segunda dose do esquema vacinal atrasada no município.

O total de pessoas com a segunda dose em atraso congrega apenas aqueles que tiveram a possibilidade de ter a aplicação final e não compareceram a um posto de vacinação. Ou seja, não inclui quem está com a segunda dose da AstraZeneca atrasada pela escassez do imunizante (cerca de 17 mil pessoas, conforme último levantamento da Prefeitura). Segundo os números da Secretaria de Saúde, considerando a D2 em atraso, 32.016 não retornaram para a vacinação com a Pfizer. Outras 10.872 estão atrasadas com a segunda dose de AstraZeneca, enquanto 4.474 tomaram apenas a primeira dose da Coronavac.

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Vacinação incompleta pode contribuir para surgimento de novas variantes

Na avaliação do pediatra e infectologista Mário Novaes, é alto o percentual de moradores de Juiz de Fora que ainda não buscou se vacinar contra a Covid-19, o que pode impactar o cenário epidemiológico, especialmente se considerarmos que a maior parte da população é de jovens e adolescentes, grupo que tende a ter mais contato com outras pessoas e que, no momento, volta a circular com maior intensidade na cidade com o retorno das aulas presenciais. “Esse público que pode e não buscou a vacina está mais susceptível a pegar e a transmitir a doença. Principalmente porque pode estar em contato com uma população que só tomou a primeira dose e que, portanto, não está com o nível de imunização ideal”, ressalta o médico. Esse cenário, conforme analisa Novaes, pode contribuir para o surgimento de variantes do coronavírus e para o aumento de pacientes enfermos graves.

“Parte da população descoberta, somada àquela que só recebeu a primeira dose, contribui para a propagação do vírus. O que queremos, no entanto, é restringir a sua circulação. E para restringir essa circulação não existe outra medida cabível no momento além da vacinação, do uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social”, destaca. Conforme o médico, é necessário que pelo menos 80% da população a nível mundial esteja imunizada com as duas doses para que a doença se torne endêmica – aquela que aparece com determinada frequência, mas permanece estável e controlada ao longo do tempo.

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60% da população completamente imunizada

Apesar da quantidade relevante de pessoas que ainda está parcial ou totalmente desprotegida contra a Covid-19 na cidade, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) divulgou, na última segunda, que o Município atingiu 60% da sua população vacinada com as duas doses ou dose única da vacina contra a doença.
Até a última atualização da PJF, com dados referente à segunda-feira, 440.991 pessoas tomaram a primeira dose do imunizante. Dessas, 318.614 foram imunizadas com duas doses, enquanto 9.394 já tomaram a dose de reforço. O balanço da vacinação ocorrida nesta terça será divulgado pela Prefeitura apenas na manhã desta quarta.

A aplicação da primeira dose em Juiz de Fora alcançou as pessoas de 12 anos ou mais no último dia 25 de setembro. Crianças com onze anos ou menos ainda não estão liberadas para a imunização contra a Covid-19 no Brasil, de modo que todo o público vacinável já foi convocado pela PJF.

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Vacinação impacta queda de mortes

Juiz de Fora ultrapassou a marca de duas mil vidas perdidas para a Covid-19 na última sexta-feira (15). A cidade é a quarta de Minas Gerais, e a terceira na Zona da Mata e região, em número de óbitos a cada 100 mil habitantes, conforme mostrou a Tribuna em matéria publicada no domingo. Apesar disso, o número de falecimentos causados pela doença registrou queda e atualmente apresenta-se estável.

O avanço da imunização contra a doença é apontado por autoridades em saúde e especialistas como o principal fator para a diminuição do número de falecimentos, não só em Juiz de Fora, mas também no país. A publicação do último domingo também mostrou que a evolução da imunização na cidade está diretamente relacionada à queda na média móvel de mortes, fato que ratifica a eficácia e a importância da vacinação contra a doença.

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