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Atividades presenciais em escolas retornam nesta segunda em Juiz de Fora

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Após meses de negociações e embates judiciais, esta segunda-feira (20) vai marcar o primeiro passo para o retorno das aulas presenciais nas escolas juiz-foranas. Ao longo da semana, profissionais da educação retornam aos estabelecimentos de ensino do município para alinhar os últimos detalhes visando ao retorno dos alunos, previsto para acontecer a partir da semana seguinte. Segundo a Secretaria de Educação da Prefeitura de Juiz de Fora (SE/PJF), o município tem 105.307 alunos e 7.510 professores na educação básica.

Após um longo período de debates, a PJF estabeleceu a data de retorno presencial das escolas no último dia 8. O anúncio aconteceu após acordo firmado entre o Município e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com cronograma definido para o retorno gradual de profissionais da educação e de estudantes. Pelo modelo adotado, os alunos ainda podem optar pelo ensino híbrido ou remoto dos alunos.

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Pelo planejamento municipal, as salas de aula voltam a ser ocupadas a partir do próximo dia 27, quando os alunos da educação infantil voltam presencialmente. Na semana seguinte, dia 4 de outubro, voltam os estudantes do ensino fundamental I e Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Em 11 de outubro, será a vez do ensino fundamental II e do ensino médio. Por fim, no dia 18 de outubro, o último grupo a retornar será dos estudantes do ensino superior.

No Bairro Santa Luzia, Escola Municipal Professor Oswaldo Velloso será uma das instituições públicas de ensino que reabrirão as portas a partir desta semana (Foto: Fernando Priamo)

A Prefeitura assegura que o retorno ocorrerá em consonância com os protocolos sanitários definidos pela Secretaria de Saúde, os quais foram atualizados na última semana com a diminuição do distanciamento obrigatório de 1,5 metro para 90 centímetros e a ocupação ampliada para 50% nos espaços, uma vez que anteriormente era permitido apenas que um terço das áreas fossem ocupadas.

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Por outro lado, a reportagem da Tribuna questionou à PJF quantas escolas estão aptas ao retorno e se alguma não conseguirá retomar já nesta primeira semana, mas não obteve resposta.

Retomada em ‘bolhas’

Pelo protocolo municipal, a retomada das atividades presenciais será híbrida e seguirá o modelo de bolhas, ou seja, os estudantes e os professores serão divididos em grupos. Com a turma separada em dois grupos, uma vez que metade da ocupação da escola é permitida, em uma semana, um grupo estará em aulas presenciais enquanto o outro estará remotamente. Na semana seguinte, a situação se inverte.

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A Prefeitura também havia anunciado a abertura de novos leitos de terapia intensiva para o tratamento pediátrico, alcançando dez leitos. Em entrevista à Rádio Transamérica JF na última quarta-feira (15), a prefeita Margarida Salomão (PT) também revelou que a Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU) prepara alterações no esquema de transporte público para atender à demanda das escolas.

41 escolas particulares retomam

Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sudeste de Minas Gerais (Sinepe/Sudeste), 41 instituições de ensino filiadas devem retornar às atividades presenciais conforme o calendário divulgado pela PJF. “As instituições privadas de ensino já se encontravam preparadas há bastante tempo, pois havia uma expectativa de retorno, assim como aconteceu nas demais cidades de Minas, do porte de Juiz de Fora”, analisa a presidente da entidade, Anna Gilda Dianin.

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A entidade sindical viu com bons olhos a atualização dos protocolos sanitários, mas ainda aponta aspectos passíveis de mudança. “Outros pontos merecem avanços, como a metragem quadrada. Também os calendários de retorno podem ser antecipados, tendo em vista que os números de contaminação estão em queda”, avalia Anna Gilda.

Fiscalização

Para o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), que representa professores das redes pública e particular da cidade, definido o retorno, passa a ser momento de monitoramento do cumprimento dos protocolos sanitários e do impacto epidemiológico da retomada. Nas negociações com o Poder Público e com a entidade patronal, ficou definido o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos profissionais da educação e o cumprimento dos protocolos sanitários, entre outras diretrizes, de acordo com o Sinpro. “Nós temos uma grande tarefa pela frente, porque a gente sabe a complexidade que há num ambiente escolar. E a palavra de ordem, agora, é fiscalização”, reflete a coordenadora do Sinpro, Maria Lúcia Lacerda.

O retorno das aulas presenciais no modelo híbrido, para os professores, ainda representa o primeiro passo da superação de um contexto atípico para a categoria, segundo o sindicato. “Os educadores trabalharam de forma exaustiva na modalidade remota. Foi um reinventar, um cenário muito inusitado, porque eles não estavam preparados e tiveram de dar conta dessa grande tarefa”, conclui Maria Lúcia.

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