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Federação de Policiais Federais critica falta de equipamentos na escolta de Bolsonaro

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Segundo Boudens, equipamento de comunicação não foi utilizado em virtude da baixa quantidade do mesmo dentro da corporação (Foto: fenapef.org.br)

A falta de equipamentos de comunicação dos agentes da Polícia Federal (PF) na escolta do candidato Jair Bolsonaro (PSL) durante visita a Juiz de Fora, no último dia 6, foi criticada pelo presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luis Antonio de Araújo Boudens.
Em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora, nesta quarta-feira (19), Boudens repercutiu a reportagem da “Folha de S.Paulo”, publicada nesta quarta. De acordo com o jornal, agentes da PF não contavam com equipamentos de rádio para se comunicar no momento em que o presidenciável foi vítima de um atentado a faca. Sem rádio, eles conversaram entre si por meio de gestos e mensagens enviadas em um grupo no WhatsApp.

Segundo Boudens, o equipamento de comunicação não foi utilizado em virtude da baixa quantidade do mesmo dentro da corporação. A situação, segundo o presidente, tem sido comum dentro da PF, que sofre com a redução de verbas para compra de novos utensílios. A situação não seria exclusiva do dia do atentado ao candidato do PSL, mas uma demanda antiga da federação, tendo sido relatada ao diretor geral da PF, Rogério Galloro.

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Na avaliação do representante da Fenapef, o rádio comunicador não é uma das alternativas mais viáveis em ambientes com gritaria e com grande aglomeração de pessoas, como era o ato de Bolsonaro no Calçadão. No entanto, a posse do equipamento poderia facilitar a comunicação mais rápida de fatos estranhos, como a aproximação de Adelio Bispo de Oliveira. “A comunicação é muito importante quando você tem uma equipe em posicionamento diferente, eles precisam se comunicar para ajustar distância, segurança, para avisar quando da aproximação de algum suspeito, tudo é necessário”, afirma.

Apesar do atentado, Boudens ressaltou o trabalho ágil dos agentes federal após o esfaqueamento de Bolsonaro, seguindo o planejamento inicial feito pela equipe. Bolsonaro chegou a Santa Casa, na região central da cidade, minutos após ser esfaqueado. “Nós conseguimos cumprir com o planejamento que foi feito da equipe precursora, foi providencial para o salvamento, por sorte, por questões que aconteceram no local, conseguimos fazer um socorro rápido, pois todas as rotas já estavam mapeadas e previstas”, destaca.

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Para Boudens, a comunicação entre agentes e a compra de equipamentos de trabalhos é um dos pontos a ser aprimorado pela direção da Polícia Federal. “Quando há essa falta de equipamento, eles cobrem essas falhas com outras habilidades, mas isso não pode ser permanente, dourador. Tem que ser no caso de quebra de equipamento, de falta de bateria, uma situação esporádica. A Polícia Federal tem que ter esse equipamento, a verdade é essa”, conclui.

 

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