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PM reage com tiros de borracha e bombas de efeito moral para acabar com festas irregulares

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Pedras, garrafas e até capacetes foram lançados contra policiais militares de Juiz de Fora em duas ocorrências de perturbação do sossego, motivadas pela realização de festas não autorizadas pelas autoridades competentes, entre a noite de domingo e o início da madrugada desta segunda-feira (19). Para conter as agressões e dispersar os tumultos, a PM disparou vários tiros de borracha e lançou bombas de efeito moral. Apesar da violência, não houve registro de feridos.

O primeiro caso aconteceu no Bairro São Benedito, na Zona Leste, onde estaria acontecendo um baile funk com cerca de 200 pessoas, sem autorização dos órgãos competentes. Além do evento com consumo de bebidas alcoólicas, a PM informou que haveria o consumo de drogas e que suspeitos estariam portando arma de fogo e realizando direção perigosa em motocicletas, colocando a vida de terceiros em risco. Já no Ipiranga, Zona Sul, também haveria, segundo a PM, uso e venda de bebidas e entorpecentes. Ninguém foi preso.

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No São Benedito, as denúncias começaram por volta das 18h. Os policiais compareceram à Rua Cambuquira e fizeram contato com um homem de 29 anos, o qual se apresentou como responsável pelo evento. Ele recebeu ordem para não continuar com o baile e, aparentemente, teria acatado. No entanto, cerca de três horas depois, a PM voltou a receber várias ligações com denúncias de perturbação do sossego no mesmo local, com práticas ilícitas e exibição de armas, intimidando moradores. A PM também recebeu a informação de que o baile acontecia em frente à residência de traficantes conhecidos na região.

Desta vez, a PM compareceu ao endereço com um efetivo policial maior, mas teria sido recebida com hostilidade e xingamentos, além dos ataques com pedras, garrafas e outros objetos. A equipe utilizou instrumentos de menor potencial ofensivo para dispersar a multidão e chegou a efetuar mais de 30 tiros com munições de elastômero (borracha), conforme informações do boletim de ocorrência. Pelo menos duas granadas de efeito moral também foram lançadas. De acordo com o registro policial, o suspeito de organizar o evento deixou o local junto com o público e não foi mais encontrado. Durante as buscas, os militares acharam um ferrolho, peça metálica que serve para travar armas, mas que pertenceria a uma pistola airsoft spring. A PM acrescentou que não houve policiais feridos, nem danos materiais nas viaturas empregadas.

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Já no Ipiranga, o caso aconteceu na Rua Salvador de Moura Fontes. Também pela segunda vez no turno, moradores estariam ligando para o 190 reclamando de uma festa com som mecânico em alto volume, uso e venda de drogas e bebidas. Segundo o boletim de ocorrência, a equipe deu tempo suficiente para que guardassem o equipamento eletrônico, que estaria em via pública, mas, em determinado momento, algumas pessoas mais alteradas começaram a jogar pedras e um capacete contra os militares, sendo necessário o disparo de três munições não letais e o lançamento de bomba de efeito moral, além de spray de pimenta, para controlar a situação. A PM não conseguiu identificar os envolvidos.

Baile funk reuniu cerca de 700 pessoas no Dom Bosco

Ação semelhante às ocorridas entre domingo e segunda-feira (19) diante de festas não autorizadas já havia sido realizada pela Polícia Militar na noite da última sexta-feira (16), quando um baile funk teria reunido cerca de 700 pessoas na Rua Manoel Lopes Silva, na área conhecida como Chapadão, no Dom Bosco, Cidade Alta. Também a partir de denúncia via 190, a PM obteve informações de que, além da aglomeração, um casal estaria em um veículo traficando drogas para frequentadores do evento, e um suspeito teria atirado três vezes para o alto. Outros envolvidos também estariam portando armas de fogo.

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Com incursão das equipes da 32ª Companhia e da 4ª Companhia Independente de Policiamento Especializado, a PM confirmou que centenas de pessoas obstruíam a via pública, sendo que algumas usavam drogas, impedindo a locomoção de veículos e de moradores. Ainda conforme o boletim de ocorrência, uma aparelhagem de som também estava ligada em alto volume, com músicas de apologia ao crime, ao uso de drogas e a facções criminosas do Estado do Rio de Janeiro, que atualmente sofre a intervenção do Exército na segurança pública.

De acordo com a PM, o tumulto ocasionado pelo evento chegava a atrapalhar o funcionamento de um hospital próximo. Quando os militares tentavam dispersar a multidão, no entanto, os frequentadores teriam começado a arremessar garrafas e pedras contra eles. Várias granadas de efeito moral foram lançadas e tiros de borracha disparados, conforme a PM. A via pública foi desobstruída, mas dois policiais acabaram feridos após serem atingidos por pedras e garrafas. Eles preferiram procurar atendimento médico posteriormente.

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A PM ainda recebeu via 190 ligações de moradores dizendo que a ação da polícia levava esperança para o local. O responsável por um Fiat Uno que estava com o equipamento de som, 24, informou à PM que havia sido contratado por um indivíduo para fazer a sonorização do evento por R$ 300. O suposto contratante não foi localizado. Todos os casos seguiram para investigação na Polícia Civil.

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