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Proprietários de bares e restaurantes pedem retomada da venda de bebidas

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Um grupo de proprietários e trabalhadores de bares e restaurantes se reuniu em protesto realizado na frente da sede da Prefeitura na manhã dessa sexta-feira (18). Os manifestantes questionaram a decisão do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de manter a venda de bebidas alcoólicas suspensa dentro dos estabelecimentos, na reunião do dia anterior. Com cartazes e faixas, eles pediram que a decisão seja repensada, porque ela representa mais um prejuízo ao setor, que sofreu baixas ao longo do ano, que foi marcado pela pandemia e pelo distanciamento social.

“Estamos nos importando com todas as medidas de segurança: álcool em gel, máscara, evitando aglomeração. Estamos ligados em tudo isso, seguimos o protocolo certinho. Só estamos brigando pela venda da bebida alcoólica. Nós não podemos vender, mas as grandes redes de mercado podem. Os pequenos estão pagando o pato”, explica o proprietário do Maia Pub, Léo Maia.

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De acordo com Léo, o setor precisa trabalhar para tentar reverter a situação. “O primeiro baque foi desastroso, achei que fosse passar mais rápido. Tive que desfazer de muitas coisas para sobreviver. Agora, estou preocupadíssimo com o negócio. Vi muitos amigos, muitos CNPJs quebrando.” Ele reitera que cerca de 50 estabelecimentos da cidade, que endossam o questionamento, estão cumprindo as medidas indicadas. Segundo ele, novas manifestações devem ser realizadas nos próximos dias. “A noite é essencial para a vida. As pessoas não devem viver sem música, sem um lugar para poder relaxar e se divertir. Estamos nos programando para novos protestos, tudo dentro dos parâmetros, sem causar dano a ninguém”, disse o empresário.

Já a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) da Zona da Mata participou apoiando os manifestantes. Segundo a presidente da entidade, Francele Galil Rocha, a principal reivindicação é a isonomia. “Por que só os bares e os restaurantes não podem comercializar a bebida alcoólica? Nós respeitamos e entendemos os índices de contaminação, mas isso não justifica um único setor não poder vender bebidas. É nítido que em vários pontos da cidade os clientes estão indo para tomar cerveja e se reunir em outros lugares.”

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Ela argumenta que o comitê deveria tratar a situação com maior atenção, porque, nos bairros mais isolados, as reuniões com bebidas alcoólicas continuam acontecendo, pela falta fiscais suficientes para alcançar todas as regiões. “É preciso que entendam que também estamos falando de vidas. São pessoas que precisam trabalhar e merecem respeito. Chega a ser assustador ter que fazer manifestação para poder trabalhar”, lamenta Francele.

Nesta sexta-feira, a Prefeitura confirmou nove mortes por Covid-19 e registrou 239 novos casos. Além disso, a ocupação em hospitais privados voltou a subir, alcançando 425 pessoas internadas pela doença. Diante desse quadro, a Secretaria de Governo recebeu e ouviu alguns manifestantes. A pasta explicou que compreende e reconhece as dificuldades que o setor vêm enfrentando. No entanto, explica que as decisões do Município estão relacionadas às deliberações do comitê.

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Na reunião de quinta, o grupo decidiu manter a proibição de venda das bebidas alcoólicas em bares e restaurantes. Como essa foi a última sessão do ano, novo pedido só poderá ser avaliado no ano que vem. Nas próximas duas quintas-feiras, o encontro vai estar suspenso em função do Natal e do Réveillon e só ocorreria em um caso de excepcionalidade, que envolva o agravamento da situação na cidade.

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