Cerca de 40 alunos do ensino médio do Colégio dos Jesuítas realizaram, na manhã desta segunda-feira (18), um protesto contra a demissão de funcionários e professores, situação que teria acontecido na escola na última sexta-feira, uma semana depois do término das aulas. A informação inicial era a de que dez profissionais teriam sido dispensados para o próximo ano letivo, contudo, sem dar justificativas aos alunos e pais. Contudo, no começo desta segunda, a direção se reuniu com representantes do Grêmio Estudantil e da Comissão Representativa de Pais de Alunos para esclarecer os fatos.
Segundo o presidente do Grêmio, Gabriel Soares Rabello, durante a reunião, a direção esclareceu que duas das demissões foram espontâneas. Das oito restantes, duas foram de funcionários antigos e já aposentados e seis de professores. A justificativa dada em relação aos docentes, segundo o presidente, foi uma reorganização de horários para o próximo ano. Com isso, esses professores teriam uma carga horária pequena, a qual a folha de pagamento não poderia suportar. “Nós entendemos a postura do colégio enquanto empresa, mas, ao mesmo tempo, ficamos chateados pela situação. Eram funcionários muito antigos e uns até exclusivos da escola. Ficamos preocupados por este cenário de crise e recolocação deles no mercado de trabalho”, destaca.
Outro aluno do ensino médio, Virgílio Andrade, que também participou do ato, motivado pela solidariedade aos profissionais demitidos, reiterou que a atitude do colégio, naquele momento, não condizia com os valores repassados aos alunos. “A direção fez questão de dizer que as demissões não tiveram relação com a nova lei trabalhista, mas temo que isso seja o começo de algo muito maior. Onde fica, neste momento, a formação humana que a escola preza em repassar aos seus estudantes?”
Em nota, a assessoria de comunicação do Jesuítas informou apenas que, durante o final de semana, publicou em seus canais institucionais de comunicação em mídias sociais uma nota pública informando que os boatos sobre demissões em massa tratavam-se de uma notícia falsa. A nota ainda pedia respeito aos educadores do colégio naquele momento. Sobre a reunião, a escola avaliou como bastante positiva e reiterou que, durante o encontro, as partes puderam apresentar suas dúvidas e fazer ponderações, colaborando para a construção do entendimento e fortalecendo o exercício do diálogo.