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Polícia Civil cria força-tarefa para reduzir violência em condomínios da cidade

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Em entrevista coletiva à imprensa, as delegadas Patrícia Ribeiro e Sheila Oliveira deram detalhes sobre força-tarefa que vai atuar em condomínios populares (Foto: Leonardo Costa)

A Polícia Civil de Juiz de Fora criou uma força-tarefa para inibir ações criminosas que estão ocorrendo com frequência nos 15 empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida existentes na cidade. Conforme a polícia, são inúmeros casos de tráfico de drogas, homicídios, expulsão de famílias e porte ilegal de arma de fogo. A delegada regional, Patrícia Ribeiro, afirmou que a violência está fazendo com que “os moradores virem reféns em suas próprias casas”. A Tribuna acompanha desde 2014 a expulsão de famílias de residenciais de Juiz de Fora. A última denúncia foi em julho deste ano, no Parque das Águas, Zona Norte da cidade.

Além do serviço de inteligência, a Polícia Civil irá usar o telefone 197 exclusivamente para receber denúncias anônimas relacionadas aos condomínios. Conforme a assessoria de comunicação, o número, que está gravado em todas as viaturas, estava desativado. “Diante desta demanda, que não é só de segurança pública, a Polícia Civil decidiu abrir este canal para estas denúncias chegarem a este grupo, que vai atuar na repressão qualificada destes crimes”, disse a delegada regional.

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A coordenadora da força-tarefa, batizada de “ProteJÁ”, delegada Sheila Oliveira, disse que será deslocado um policial de cada delegacia de área ligada à Regional de Juiz de Fora. “Já que este policial conhece a realidade de cada bairro, teremos pessoas que conhecem a cidade como um todo. Isto é muito importante e vai ajudar muito no trabalho”, comentou, destacando que os problemas nos residenciais já foram temas de reuniões entre moradores e representantes da Caixa Econômica Federal, Emcasa, Polícia Militar e Polícia Civil.  A violência nestes locais também foi discutida em audiência pública na Câmara Municipal, em 4 de julho. Na ocasião, representantes da Caixa responsáveis pelo programa reuniram-se com os vereadores Marlon Siqueira (PMDB), Charlles Evangelista (PP), Sargento Mello (PTB) e Vagner de Oliveira (PSC) para tratar, além das demandas estruturais das moradias, a questão da violência.

Sheila informou que os trabalhos já começaram e que a principal preocupação é o tráfico de drogas. A Polícia Civil não repassou número de casos e nem os locais com maior incidência para não prejudicar o trabalho de inteligência. “A meu ver, uma das coisas que causa tantos problemas é que famílias são colocadas nestes locais sem que seja feita uma triagem se pensando em seu endereço anterior. Por exemplo, se a pessoa já morava na Zona Norte, deveria ser selecionada para um condomínio da mesma região. Infelizmente, em Juiz de Fora temos gangues e disputa por tráfico de drogas. Quando se junta pessoas de gangues rivais ou que comandavam o tráfico em uma região, certamente, teremos problemas”, comentou.

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Homens armados impedem entrada do Condomínio Miguel Marinho

Conforme Sheila Oliveira, que também é vereadora, assessores parlamentares dela não conseguiram entrar no Condomínio Miguel Marinho. “Íamos checar reclamações de moradores que foram até meu gabinete. Para se ter ideia, falta até água nestes locais. Em uma visita, meus assessores foram barrados na entrada por homens armados. Isso é muito grave e não pode continuar”, disse.

A delegada Patrícia Ribeiro informou que o policiais irão visitar os residenciais, onde serão distribuídos panfletos e cartazes com o objetivo de conscientizar os moradores sobre as ações promovidas pela polícia. As chamadas para o 197 poderão ser feitas de segunda a sexta-feira, de 9h ao meio-dia e das 14 às 18h. “Tudo que recebermos por este canal será repassado para o grupo que irá organizar as ações. Após esta coleta, inquéritos poderão ser instaurados”, finalizou.

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