Servidores ligados à Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Juiz de Fora realizaram, na manhã desta sexta-feira (18), uma panfletagem para conscientizar a população sobre a doença celíaca, causada pela intolerância permanente ao glúten. A ação aconteceu no Parque Halfeld, durante a realização da feira “É daqui”, que reúne produtores locais que cultivam e produzem alimentos orgânicos, destinados a alimentação mais inclusiva, como, por exemplo, produtos sem glúten, sem lactose e sem açúcar.
A atividade marca duas datas: o Dia Municipal do Celíaco, comemorado no dia 5 de maio , e o Dia Mundial do Celíaco, celebrado no dia 16, tornando maio um mês alusivo à conscientização sobre a doença. Estima-se que 1% da população mundial seja celíaca e, por conta disso, considera-se este dado como uma prevalência nas cidades. O grande desafio de entidades ligadas à doença, como a Associação dos Celíacos do Brasil em Minas Gerais (Acelbra MG), é fazer com que as pessoas busquem orientação médica ao apresentar qualquer sintoma que possa sinalizar a intolerância ao glúten e, também, conscientizar todos os profissionais da saúde para que passem a ter um olhar mais cuidadoso, considerando a doença celíaca durante o diagnóstico do seu paciente.
O diagnóstico da doença celíaca ocorre por meio de exames específicos: sorologia, biopsia do intestino delgado e determinação genética. A orientação da Acelbra MG é que, até que se confirme o quadro de intolerância, o paciente não deve retirar o glúten da dieta para não influenciar nos resultados. Se os exames derem positivo, a única forma de tratamento é excluir a proteína da alimentação. No organismo do celíaco, o glúten, ao entrar em contato com a mucosa do intestino delgado, desencadeia um processo inflamatório, alterando a mucosa intestinal, prejudicando a absorção dos nutrientes. Os sintomas clássicos da doença celíaca são diarreia crônica, distensão abdominal, irritabilidade, emagrecimento, baixa estatura, anemia, desnutrição e regressão do desenvolvimento neuropsicomotor.