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PJF inicia campanha de conscientização sobre tuberculose

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Quando o sintoma principal é tosse persistente, qual doença vem à sua cabeça? Por ter um prognóstico genérico e comum a várias doenças, a tuberculose, muitas vezes, passa despercebida pelas pessoas. Pensando nisso, o dia 24 de março foi escolhido como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, para chamar atenção para a doença, que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), já chegou a matar cerca de 1,3 milhões de pessoas em 1990.

Em Juiz de Fora, a campanha de conscientização sobre a tuberculose teve início já na manhã desta segunda-feira (18), com panfletagem no pátio do PAM-Marechal. O objetivo é informar a população sobre transmissão, sintomas, tratamento e combate à doença. Equipes do serviço de tisiologia, do setor de doenças transmissíveis do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea) e pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participaram da ação, que acontece até a última sexta-feira de março, dia 29.

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A aposentada Maria das Graças de Oliveira, 68, foi uma das primeiras pessoas a receber o panfleto informativo. “Muito tempo atrás o pai do meu marido morreu de tuberculose, mas eu não sei muita coisa da doença. É importante essa orientação porque as vezes a pessoa está precisando e nem sabe.” Para ela, a ação é eficaz, uma vez que ajuda na conscientização da população.

Nesta segunda-feira (18), material informativo foi distribuído no PAM-Marechal (Foto: Marcelo Ribeiro)

Sobre a doença

Amanda Araújo, membro da vigilância epidemiológica no setor da tuberculose, explica que os principais sintomas são a tosse persistente por mais de três semanas, emagrecimento e perda de apetite. “Aqui no PAM a gente está reforçando bem os sintomas e orientando que qualquer usuário pode procurar a unidade básica, que o teste é feito rápido, de dois a três dias sai o resultado e que existe tratamento e cura.”

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Para Denicy Chagas, doutoranda do programa de saúde coletiva, que pesquisa a tuberculose no município, o preconceito é um grande desafio a ser superado. “Nosso foco com essa ação é combater o preconceito que as pessoas tem com essa doença. O objetivo é tirar esse estigma, já que muitas pessoas deixam de procurar a ajuda por medo.” A tuberculose é considerada uma doença reemergente e negligenciada. A volta dos casos está muito ligada à pobreza, grandes aglomerados e ambientes fechados. “Esses fatores possibilitaram a volta dessa doença e Juiz de Fora está nesse contexto como um todo. No último dado divulgado pela Secretaria de Saúde, em 2017, Juiz de Fora era a segunda cidade do estado com mais casos”, alerta Denicy.

O tratamento é totalmente gratuito e disponibilizado pelo SUS. Por ser uma doença transmissível, quanto mais rápido a pessoa fizer o diagnóstico e o tratamento, o risco de transmissão diminui exponencialmente. “Então a partir do momento que ele começa a fazer o tratamento, a gente já tem a queda da transmissão, esse é o nosso foco, diagnóstico precoce, rápido, para evitar novos casos”, ressalta Denicy Chagas.

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Outras atividades

No mês do combate à tuberculose, a ação, que visa orientar e tirar dúvidas da população, distribuir material informativo e informar os locais de encaminhamento, ficará concentrada no PAM-Marechal, de segunda a sexta, das 9h às 11h e das 14h às 16h, mas intervenções também vão acontecer nos calçadões das Ruas Halfeld e São João, no Parque Halfeld e em locais estratégicos de grande circulação de pessoas.

Outras ações serão realizadas nos centros de Referência de Assistência Social (Cras) e em diversos pontos da cidade, assim como as atividades especiais do projeto Consultório na Rua, por meio do qual a PJF ainda realizará sete atividades de combate à doença, voltadas às pessoas em situação de rua. Além da disseminação de informações relacionadas a educação em saúde, serão intensificadas as coletas de escarro para diagnóstico dos sintomáticos respiratórios, uma vez que esta é uma população considerada vulnerável para contrair a doença.

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A programação conta com ações na rua e em instituições de acolhimento institucional. As consultas e os procedimentos, como medicação, vacinação, coleta de material para análise laboratorial, curativo e aferição de pressão são realizados na rua e nas instituições de assistência social que atendem diariamente essa população.

 

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