A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher deverá iniciar nesta terça-feira (18) as investigações sobre o estupro de uma menina de apenas 4 anos, na Zona Norte de Juiz de Fora. O suspeito, 31, foi preso em flagrante e está no Ceresp. O caso foi descoberto após a própria menina revelar o fato à avó, na última sexta-feira (14), mesma data em que teria ocorrido o crime.
De acordo com o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), em seu relato, a criança afirma ter sido levada para uma “matinha” e ter tido as roupas retiradas pelo homem que ainda teria deitado sobre o corpo dela. A vítima começou a gritar, mas teve a boca tampada pelo agressor, segundo consta no documento policial. Em seguida, os dois saíram do local e o suspeito foi até o bar da avó da menina, onde ficou por alguns instantes até deixar o estabelecimento. No registro policial não consta o porquê de a criança estar na companhia do homem, nem mesmo se ela teve permissão para sair com ele.
Ao tomar conhecimento do episódio, a avó acionou a polícia, que iniciou buscas para localizar o suspeito. O homem foi encontrado caminhando em via pública com um corte profundo na testa e alguns ferimentos na perna. Ao ser questionado, ele confirmou os fatos narrados pela garota, dizendo ainda ser conhecido da família. Ele alegou que os ferimentos eram provenientes da agressão sofrida por populares que tomaram conhecimento do estupro. No entanto, não apontou quem seriam as pessoas. O preso passou por atendimento médico na UPA Norte antes de ser levado para a delegacia.
Uma testemunha contou à PM que viu, da janela de casa, o homem saindo do matagal na companhia da criança.
A menina apresentou lesões no lábio inferior e escoriações na face. Ela foi levada ao HPS onde foi submetida a exames conforme o Protocolo de Atendimento ao Risco Biológico Ocupacional e Sexual (Parbos) que apontou ausência de conjunção carnal e inconclusivo para ato libidinoso.
O homem foi ouvido pelo delegado de plantão, teve o flagrante confirmado por estupro de vulnerável, conforme o artigo 217-A, e ficará sujeito a pena que vai de 8 a 15 anos de prisão.