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Polícia prende suspeito de abusar de filha de 14 anos

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Homem foi preso preventivamente nesta quarta e permanecerá no Ceresp (Foto: Sandra Zanella/17-09-15)

Atualizada às 16h50

O carpinteiro de 38 anos suspeito de estuprar a própria filha biológica, 14, por cerca de um ano, foi apresentado pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (17). De acordo com a delegada da Especializada de Atendimento à Mulher, Ione Barbosa, a prisão preventiva foi decretada pela Justiça e, desde segunda-feira, o suspeito era procurado. Na tarde de quarta, o homem compareceu à delegacia, no Jardim Glória, acompanhado de dois advogados. Em depoimento, ele negou qualquer tipo de abuso contra a filha e ainda alegou que a história teria sido inventada pela mãe da adolescente, devido às brigas constantes do casal.

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Conforme Ione, a diarista, 32, já havia registrado boletins de ocorrência relatando a violência doméstica que sofria. No entanto, ela não chegou a representar criminalmente contra o marido, e os procedimentos foram interrompidos. Além de responder por estupro qualificado, pelo fato de a vítima ter entre 14 e 18 anos, o carpinteiro deverá ser indiciado por ameaça e lesão corporal, conforme a Lei Maria da Penha. Ione acrescentou que o suspeito também será investigado por possível envolvimento com o tráfico de drogas.

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“No dia 8 de setembro, a própria mãe e a filha vieram à Delegacia de Mulheres para denunciar. Elas haviam registrado o boletim de ocorrência no dia 7, porque ele fugiu de casa logo depois de a adolescente revelar para sua mãe que vinha sendo abusada há um ano”, lembrou a delegada. Segundo ela, mãe e filha relataram a agressividade do carpinteiro. “A mãe vinha sofrendo ameaças e agressões por mais de dez anos. Neste dia (7), houve discussão entre o pai e a filha, e a jovem acabou revelando que sofria esse abuso. Aí a mãe realmente tomou a decisão de desfazer esse laço com o investigado e denunciá-lo.”

Ameaças
Conforme a polícia, o casal estaria junto há 17 anos e, além da adolescente, possui dois filhos, de 7 e 13 anos. Os garotos não teriam sido vítimas de abuso. “Um deles revelou que, embora não tenha visto o pai cometer a conjunção carnal com sua irmã, uma vez o viu ir de madrugada até o quarto da menina e levá-la para a sala.” De acordo com Ione, essa declaração coaduna com o que a adolescente disse em depoimento. “Ela falou que ele tirou a virgindade dela. Chegava em casa altas horas, às vezes embriagado, sob efeito de substância entorpecente, ia até o quarto dela, quando todos estavam dormindo, a arrancava de lá e levava para a sala a fim de cometer o abuso.”

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A policial enfatizou que a jovem ficou calada por cerca de 12 meses devido às ameaças que sofria. “Ela não denunciou o pai antes porque ele é uma pessoa extremamente agressiva, usuária de drogas. E dizia que, caso o denunciasse, mataria ela, a mãe, e os demais irmãos.” No período entre a denúncia e a prisão do suspeito, as vítimas tiveram medo e saíram da residência onde viviam, na Zona Norte, apesar das medidas protetivas. “Tivemos notícia de que ele estava ameaçando tanto a mãe, quanto a filha, inclusive toda a família.”

O suspeito está preso no Ceresp, à disposição da Justiça, e o inquérito deverá ser concluído em dez dias. A pena prevista para estupro qualificado é de oito a 12 anos de reclusão. Para Ione, o caso choca por envolver o estupro da própria filha biológica, mas ela lembrou que a maioria dos abusos acontecem dentro de casa ou envolvem familiares, chegando a 70% das ocorrências.

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